
A mineradora Samarco, joint venture da Vale com a BHP, registrou prejuízo líquido de US$ 1,69 bilhão no segundo trimestre de 2025, comparado a um lucro de US$ 1,38 bilhão no mesmo período do ano passado, de acordo com o balanço financeiro divulgado nesta segunda-feira (11).
“O desempenho foi impactado principalmente por um resultado financeiro negativo de US$ 1,35 bilhão, devido à variação cambial sobre passivos (US$ 972,8 milhões) e à provisão para despesas financeiras relacionadas a obrigações de reparação (US$ 466,3 milhões)”, afirmou a Samarco.
A empresa ainda lida com os impactos negativos decorrentes da queda da barragem do Fundão, em Mariana (MG), no ano de 2015, mas ampliou as vendas na medida em que a produção cresceu mais de 90%, para 3,9 milhões de toneladas.
A companhia registrou uma receita líquida de US$ 469,9 milhões no segundo trimestre, alta de 47% em relação ao ano passado, informou a companhia.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) ajustado somou US$ 286,1 milhões entre abril e junho deste ano, alta de 66% se comparado ao mesmo período de 2024.
As vendas de pelotas e finos de minério de ferro somaram 3,9 milhões de toneladas, salto de 93% no mesmo momento do ano de 2024.
Lucro líquido da Vale (VALE3) cai 24%, a US$ 2,1 bilhões
A Vale (VALE3) registrou lucro líquido atribuível aos acionistas de US$ 2,1 bilhões no segundo trimestre de 2025, uma baixa de 24% na comparação com o mesmo período em 2024. O balanço da empresa foi divulgado nesta quinta-feira (31).
Apesar disso, houve alta de 52% em relação ao primeiro trimestre deste ano. Na base proforma, o lucro foi 6% maior, impactado positivamente pela marcação a mercado de swaps, que se beneficiaram de movimentos cambiais favoráveis ao longo do trimestre.
A piora dos números já esta esperada, já que o preço do minério caiu no trimestre. De acordo com dados de produção da companhia, o preço médio realizado de finos de minério de ferro foi de US$ 85, um recuo de 13,3.
O reflexo disso foi a diminuição nos indicadores da Vale. O Ebitda, que mede o resultado operacional é muito observado pelos analistas, ajustado recuou 15%, a US$ 3,3 bilhões.
O consenso da Visible Alpha esperava US$ 3,4 bilhões, disse o Money Times.
De acordo com a companhia, o recuo foi puxado pelo minério de ferro mais fraco. Poderia ter sido pior, não fossem:
- avanços contínuos nas iniciativas de eficiência de custos e despesas, que impulsionaram a melhoria de desempenho nos segmentos de metais para transição energética e minério de ferro e;
- efeito positivo da depreciação do real.
A receita também caiu, somando US$ 8,8 bilhões, recuo de 11%. Mesmo assim, o CEO Gustavo Pimenta disse que a empresa teve um resultado sólido e que a Vale está no caminho para bater o guidance.