Reino Unido

Shein: movimentação pré-IPO tem obstáculos na Europa

"Não há verdade na alegação de que os subsídios estatais chineses ajudam a apoiar os negócios da Shein e a sua expansão", disse a Shein

Shein / Divulgação
Shein / Divulgação

Ao passo que a varejista de e-commerce Shein intensifica as tratativas pré-IPO no Reino Unido, a resistência cresce por parte do setor e de parlamentares na zona do euro.

Enquanto cidadãos de 27 países votavam nas eleições da União Europeia, os fabricantes da indústria têxtil e de vestuário apelaram esta semana para os futuros líderes políticos. Os comerciantes querem proteção às empresas no setor contra produtos de baixo custo que são “despejados” no mercado, como os produtos de fast-fashion da Shein.

Com a política industrial sendo uma questão fundamental nas eleições, os fabricantes de vestuário, varejistas e empresas de comércio eletrônico estão tentando colocar o tema em pauta. O esforço está sendo similar ao utilizado pela UE sobre o excesso de capacidade chinesa em veículos elétricos.

As pequenas e médias empresas representam 99% das companhias do setor, o que deixa o segmento da região vulnerável à concorrência global, sinalizaram os grupos industriais em um comunicado conjunto.

A associação de comércio eletrônico da Polônia declarou em um relatório que os subsídios estatais chineses estão dando aos marketplaces online, como a Shein, uma vantagem injusta sobre as rivais locais.

“Não há verdade na alegação de que os subsídios estatais chineses ajudam a apoiar os negócios da Shein e a sua expansão em todo o mundo”, contra-argumentou o porta-voz da Shein, de acordo com o “InfoMoney”.

A maior parte dos produtos da Shein é oriunda de fábricas no sul da China, mas a companhia vem construindo uma base de fornecedores no Brasil e na Turquia.

“Esperamos que os nossos parceiros da cadeia de abastecimento turca nos apoiem cada vez mais no atendimento ao mercado europeu”, acrescentou o porta-voz.

Temu, rival da Shein, inicia vendas no Brasil

Temu, marketplace chinês do grupo Pinduoduo e concorrente de plataformas como Shein e Shopee, lançou suas operações no Brasil na quinta-feira (6).

A estreia deste e-commerce ocorre um dia após o Senado aprovar um imposto de 20% sobre importações de até US$ 50.

Diferente da Shein, que foca principalmente em moda, a Temu abrange uma variedade maior de categorias, incluindo produtos para pets, vestuário, brinquedos, artigos para casa e eletrônicos.