Desistiu dos EUA?

Shein prepara possível IPO no Reino Unido

A Shein quer realizar uma oferta que seja avaliada em cerca de 50 bilhões de libras.

Foto: Shein/Divulgação
Foto: Shein/Divulgação

A varejista chinesa Shein está elaborando o lançamento de um prospecto confidencial em preparação para um possível IPO (oferta de ações) no Reino Unido, que deve ser enviado aos órgãos reguladores na próxima semana. As informações foram obtidas pelo canal “Sky News”.

A Shein quer realizar uma oferta que seja avaliada em cerca de 50 bilhões de libras, o que seria equivalente a uma das maiores operações do segmento na Bolsa de Londres.

A escolha pelo IPO em Londres mostra que a companhia está perdendo as esperanças de que a operação seja viável nas bolsas de Nova York. A empresa chegou a protocolar um prospecto confidencial com a Securities and Exchange Commission, mas não foi dado seguimento.

Mesmo com sua sede em Cingapura, a Shein foi fundada na China e tem a maior parte de suas operações no país. Segundo o “Valor”, as tensões geopolíticas entre Washington e Pequim enfraqueceram a conclusão de uma possível oferta de ações nos EUA.

Shein vê retrocesso em taxação de compras internacionais 

Shein afirmou que vê como um retrocesso a decisão aprovada pela Câmara dos Deputados, na terça-feira (28), para a tributação em 20% das compras internacionais de até US$ 50,00.

Segundo a Shein, a decisão de taxar remessas internacionais não é a resposta adequada, pois tem impacto direto na população brasileira.

A empresa pontuou que, com o fim da isenção, a carga tributária que recairá com a taxação de compras internacionais para o consumidor final ficará em 44,5% — com a isenção, a cobrança ficava em cerca de 20,82% por conta do ICMS.

“Ou seja, um vestido que o consumidor da Shein comprava no site por R$ 81,99 (com ICMS de 17% incluso), agora custará mais de R$ 98 com a nova carga tributária, formada pelo imposto de importação de 20% mais o ICMS de 17%”, destacou a empresa, de acordo com o “Suno”.

Além disso, a companhia aponta que o e-commerce, no geral, responde por 10% a 15% do varejo nacional. A parcela do e-commerce de plataformas internacionais como a Shein não chega a mais de 0,5% do varejo brasileiro.