
A Shein informou a investidores que espera dobrar seu lucro líquido em 2025, alcançando cerca de US$ 2 bilhões, impulsionada por aumentos de preços e cortes de custos. As medidas ajudaram a compensar a queda no tráfego online provocada pelas tarifas impostas pelo governo Donald Trump.
No ano passado, o lucro líquido da companhia foi de US$ 1,1 bilhão, e apenas no primeiro trimestre de 2025, o resultado ultrapassou US$ 400 milhões, com receita próxima de US$ 10 bilhões, impulsionada pela corrida de consumidores americanos.
A perspectiva otimista surge em um momento estratégico: a Shein tenta reconquistar a confiança dos investidores e viabilizar sua aguardada IPO (oferta pública inicial) , adiada há meses por incertezas regulatórias.
De acordo com fontes, a empresa conseguiu repassar parte das tarifas aos consumidores, preservando sua margem de lucro. Além disso, a redução dos gastos com publicidade também ajudou a sustentar a rentabilidade.
O IPO da Shein ainda depende de aprovação da CSRC (Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China). Embora sediada em Singapura, a varejista segue sob jurisdição chinesa e tenta agora abrir capital em Hong Kong, após fracassos nas tentativas de listagem em Nova York e Londres devido a pressões políticas.
A empresa tenta estancar a queda em seu valuation. Entre seus principais investidores estão a IDG Capital, Mubadala Investment e a HSG (antiga Sequoia Capital China).