Medida aprovada pela Câmara

Shein vê retrocesso em taxação de compras internacionais 

Segundo a Shein, a decisão de taxar remessas internacionais não é a resposta adequada.

Foto: Divulgação
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A Shein afirmou que vê como um retrocesso a decisão aprovada pela Câmara dos Deputados, na terça-feira (28), para a tributação em 20% das compras internacionais de até US$ 50,00.

Segundo a Shein, a decisão de taxar remessas internacionais não é a resposta adequada, pois tem impacto direto na população brasileira.

A empresa pontuou que, com o fim da isenção, a carga tributária que recairá com a taxação de compras internacionais para o consumidor final ficará em 44,5% — com a isenção, a cobrança ficava em cerca de 20,82% por conta do ICMS.

“Ou seja, um vestido que o consumidor da Shein comprava no site por R$ 81,99 (com ICMS de 17% incluso), agora custará mais de R$ 98 com a nova carga tributária, formada pelo imposto de importação de 20% mais o ICMS de 17%”, destacou a empresa, de acordo com o “Suno”.

Além disso, a companhia aponta que o e-commerce, no geral, responde por 10% a 15% do varejo nacional. A parcela do e-commerce de plataformas internacionais como a Shein não chega a mais de 0,5% do varejo brasileiro.

Mesmo diante da decisão sobre a taxação de compras internacionais, a Shein reafirma o seu compromisso com o consumidor e reforça que seguirá dialogando e trabalhando junto ao governo e demais stakeholders para encontrar caminhos que possam viabilizar o acesso da população, principalmente das classes C, D e E — cerca de 88% de nossos consumidores, segundo pesquisa do Ipsos — para que continuem tendo acesso ao mercado global”, disse a varejista.

IPO da Shein é afetado por tensões entre EUA e China

Shein, uma gigante da moda rápida, conquistou em um curto período de tempo o espaço como uma das maiores empresas de moda global, com milhões de clientes.

Em novembro, a empresa entrou com um pedido de IPO em Nova York, gerando expectativas de uma das maiores ofertas públicas iniciais em anos. 

O CEO Donald Tang tentou ganhar apoio político nos EUA, apresentando a Shein como um exemplo de conformidade e transparência. No entanto, a empresa agora enfrenta dificuldades devido às tensões EUAChina, reduzindo suas chances de IPO em Nova York e transferindo o foco para Londres.