Os royalties pagos pelo Spotify a artistas brasileiros em 2024 aumentaram 31% em relação a 2023, totalizando um recorde de R$ 1,6 bilhão. Mais de 70% desse valor gerado por criadores brasileiros ou selos independentes de acordo com dados da plataforma de streaming divulgados nesta quarta-feira (28).
O somatório representa menos de 3% do gerado globalmente no ano passado, quando a empresa pagou US$ 10 bilhões a indústria fonográfica. Contudo, o dado revela um novo patamar de ressarcimento da empresa em território nacional. Em 2022, o valor pago a brasileiros foi de R$ 1 bilhão.
Como apurou a agência Reuters, em outros países, como Alemanha, Espanha e Reino Unido, os aumentos na geração de royalties por artistas locais em 2024 foram de, respectivamente, 17%, 11% e 8%.
“A gente vem quebrando recorde atrás de recorde”, disse a diretora de música do Spotify Brasil, Carolina Alzuguir, em entrevista. A executiva acrescentou que o faturamento do mercado de música brasileiro como um todo subiu 21,7% em 2024 citando a IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica).
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O mercado de música no Brasil faturou R$3,5 bilhões em 2024, puxado pelo streaming, que representou quase 90% das receitas no setor (R$3,05 bilhões), de acordo com relatório da Pro-Música. A entidade representa as principais gravadoras e produtores do setor no país.
Crescimento do streaming e impacto nos royalties
“Quando você olha só para o streaming, foi um crescimento de 22,5%…É muito positivo ver que não só a gente está crescendo e está batendo recorde atrás de recorde, como estamos puxando para cima o crescimento da indústria”, disse Alzuguir.
O Spotify possui 268 milhões de assinantes no mundo, no qual 90% de sua receita é proveniente dessas assinaturas, e o restante a partir de anúncios. A lista de artistas brasileiros mais ouvidos em 2024 foram Henrique e Julinao, seguida por MC Ryan SP e Ana Castela, maiores geradores de royalties no período.
