Após contas bloqueadas

Starlink diz que, 'se necessário', prestará serviços gratuitamente

"Esta ordem é baseada em uma determinação infundada de que a Starlink deve ser responsável pelas multas impostas — inconstitucionalmente — contra a X", disse a companhia

Open Finance
Internet/ Foto: Pixabay

Após a notícia de que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, determinou o bloqueio das contas da Starlink no Brasil, a companhia emitiu uma nota nesta quinta-feira (29), declarando que, se achar necessário, “continuará prestando seus serviços gratuitamente aos seus clientes”.

O bloqueio das contas da Starlink no Brasil foi uma decisão tomada por Moraes como uma tentativa de garantir o pagamento das multas impostas à rede social X. As duas companhias são propriedade do bilionário Elon Musk.

“Esta ordem é baseada em uma determinação infundada de que a Starlink deve ser responsável pelas multas impostas — inconstitucionalmente — contra a X, uma empresa que não é filiada à Starlink”, disse a empresa em comunicado oficial.

“Embora esse pedido ilegal possa afetar nossa capacidade de receber o seu pagamento mensal, você [cliente] não precisa tomar nenhuma medida neste momento. A Starlink está comprometida em defender seus direitos protegidos por sua Constituição e continuará prestando serviços a você gratuitamente, se necessário.”

A empresa acrescentou que também está “abordando o assunto por meios legais”.

As ações da AST SpaceMobile (ASTS; Nasdaq), rival da Starlink, de Elon Musk, sobem quase 500% no acumulado do ano.

Os papéis chegaram a subir 47,71% depois que a empresa de banda larga espacial disse que seus primeiros cinco satélites comerciais serão lançados no mês que vem, segundo o MarketWatch.

O maior aumento percentual foi em 29 de maio de 2024, quando valorizou 69,23%, mostram dados da Dow Jones.

Nesse dia, fechou um acordo de internet via satélite com a Verizon, complementando o acordo recente da empresa com a AT&T, informou a CNBC. Foi o maior aumento em um único dia desde que a empresa se tornou pública em 2021.

Segundo informações do The Wall Street Journal, a empresa está desenvolvendo uma rede celular baseada no espaço, e anunciou que seus satélites servirão como os maiores conjuntos de comunicações já implantados comercialmente na órbita baixa da Terra. 

A ação figura entre as preferidas dos investidores brasileiros em julho, segundo levantamento da corretora Avenue.