Após concretizar a venda da Linx para a Totvs, a Stone pretende se desfazer da operação do Reclame Aqui, apurou o portal Pipeline. Trata-se da maior plataforma que faz a mediação de conflitos entre empresas e consumidores da América Latina.
A Stone detém 50% da plataforma desde 2022, quando adquiriu através de uma transação com a VLP Holding, do CEO Eduardo Neves. Era parte da estratégia de ampliar o leque de serviços aos clientes e buscar sinergia com a base de empresas. O Reclame Aqui conta com 30 milhões de consumidores e 360 mil empresas cadastradas, que geram 30 milhões de acessos por mês.
Plataforma Reclame Aqui
O site possui o intuito de oferecer às empresas um software que possibilita a integração com canais de relacionamento com clientes (CRM), direto na plataforma, além de vender relatórios sobre a reputação das companhias com base nos dados coletados com as experiências dos consumidores.
Após a venda da Linx, a ideia da Stone é manter-se desinvestindo de ativos que não se concentram em operações de pagamento. Os negócios de software – que incluem o Reclame Aqui e a Questor, já excluindo a Linx – somaram uma receita de R$ 326 milhões em 2024 e um Ebitda ajustado de R$ 32 milhões.
Procurada, a Stone diz que esses negócios serão integrados às ofertas principais da StoneCo ou operados de forma independente enquanto a companhia avalia sua adequação estratégica e potencial de criação de valor a longo prazo. Já o Reclame Aqui disse que não está tratando desse assunto e que o foco segue sendo o crescimento da empresa, que tem acontecido de forma consistente.
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A empresa de tecnologia Totvs (TOTS3) anunciou, na manhã desta terça-feira (22), a celebração de um contrato para a aquisição da totalidade das ações da produtora de software Linx Participações, controlada da StoneCo, por R$ 3,05 bilhões.
De acordo com fato relevante divulgado, a operação envolve parte do negócio de software da Linx e será financiada com recursos próprios e dívida a ser contratada.
A Linx é conhecida no mercado por suas soluções para o varejo e encerrou 2024 com receita de R$ 1,145 bilhão, sendo R$ 1,048 bilhão de receita recorrente. O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado ficou em R$ 239 milhões.
A aquisição reforça a estratégia da Totvs de ampliar sua presença no varejo — setor no qual busca replicar sua relevância já consolidada em outros segmentos —, como destacou o InfoMoney.
A transação ainda depende da aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), do cumprimento de condições regulatórias e da aprovação dos acionistas em assembleia. Dois acionistas relevantes, que juntos possuem 8,82% do capital votante, já se comprometeram a votar favoravelmente.
