Dolarização do patrimônio

Sunstate Bank: conheça ‘banco dos EUA com DNA brasileiro’

Atualmente, a empresa possui US$ 1 bilhão em ativos, sendo US$ 600 milhões sob custódia do banco

Cristiano Hajjar representa o banco norte-americano no Brasil | Foto: Gabriel Rios / BP Money
Cristiano Hajjar representa o banco norte-americano no Brasil | Foto: Gabriel Rios / BP Money

Atuando há mais de 25 anos nos Estados Unidos, o Sunstate Bank trata-se de um banco incorporado na Flórida com a garantia de proteção do FDIC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios, na tradução da sigla para o português).

Em 2021, o Sunstate Bank se destacou como o único banco da Flórida entre as 14 instituições financeiras escolhidas para receber um investimento do JP Morgan Chase.

O banco tem o “DNA brasileiro”, como afirmou Cristiano Hajjar, representante do Sunstate Bank no Brasil. Segundo ele, a instituição quer “trazer todo o modelo de banking e investimentos para brasileiros nos EUA”.

A companhia possui vertentes como investimento, financiamento imobiliário e empréstimos para não-residentes.

Iniciado como um community bank, atendendo a clientes regionais em Miami, o Sunstate Bank agora possui três agências e ingressou no mercado de private banking, que eles intitulam como “Premier”.

Nessa modalidade, passaram a atender clientes brasileiros que necessitavam de serviços bancários americanos sem a necessidade de ir até os EUA abrir a conta. O banco oferece a abertura de conta remota.

Ao longo do tempo isso acabou se expandindo. Atualmente, a empresa possui US$ 1 bilhão em ativos, sendo US$ 600 milhões sob custódia do banco.

A instituição atende brasileiros oferecendo conta corrente nos EUA e um serviço diferenciado em relação aos seus pares no segmento, pois conta com um atendimento completo em português.

“Nós criamos uma célula do Premier Banking, onde os colaboradores falam português — e a grande maioria é brasileira —, então o nosso diferencial é o atendimento rápido e solícito”, explicou Hajjar ao BP Money.

Nesse sentido, o executivo pontuou que, mesmo diante do cenário de dólar forte ante o real, grande parte dos brasileiros tem buscado cada vez mais dolarizar parte de seus patrimônios como proteção ao mercado local.

“Antigamente, a gente falava em 20% como uma faixa ideal do seu patrimônio em dólar. Hoje em dia, tem pessoas falando em 40%, 50%, e há quem tenha 90% do patrimônio dolarizado”, comentou. “Nós vemos que a dolarização é uma constante.”

Outro grande diferencial do Sunstate Bank é conceder o financiamento imobiliário para não residentes utilizando o IR brasileiro do cliente.

Sunstate Bank concede financiamento imobiliário

De acordo com o Sunstate Bank, os clientes brasileiros têm buscado cada vez mais o financiamento imobiliário no estado da Flórida.

“Como nós somos regulados na Flórida, realizamos o financiamento apenas na Flórida. Nós financiamos usando o IR (Imposto de Renda) do cliente no Brasil”, explicou o representante. Ou seja, a operação não exige credit score no exterior.

O banco oferece financiamento imobiliário de até 30 anos e também realiza o refinanciamento, ajudando clientes que sofreram com as taxas altas.

Além disso, a companhia também disponibiliza o cash-out refinance, um tipo de financiamento de hipoteca que possibilita converter a equidade da casa em dinheiro. No Brasil, a operação é conhecida como home equity.

“Se o cliente tem um imóvel quitado na Flórida, o banco consegue dar um crédito para ele. Hoje, é muito comum na Flórida as pessoas comprarem vários Airbnb. Então, o cliente compra um, quita, coloca como garantia, toma um novo empréstimo e adquire outro Airbnb”, explicou.

Empréstimo pessoal

Além do segmento financeiro, o banco também se destaca no segmento de empréstimo pessoal. Como a instituição não possui o credit score do cliente, solicita um colateral em custódia.

“A gente consegue dar um empréstimo para o cliente. Ele compra um bond, investment grade ou non-investment grade, e o banco consegue dar uma alavancagem sobre o valor que ele tem custodiado com a instituição”, explicou Hajjar.

Com esse mecanismo, os clientes podem manter ativos investidos a cerca de 6,7% ao ano e tomar um empréstimo a cerca de 5%, segundo o executivo. Assim, a pessoa pode comprar uma carteira de bonds, tomar um empréstimo e aumentar sua exposição, se alavancando nessa carteira de ativos. Isso faria ela pagar um crédito mais barato.