Espaço no mercado

Suzano (SUZB3) tem salto de 44% em produção e ajusta preços da celulose

A empresa aposta em estoques reduzidos na cadeia global, ambiente cambial favorável e dificuldade em suas concorrentes.

Suzano/ Foto: Divulgação
Suzano/ Foto: Divulgação

A Suzano (SUZB3) visualiza boas novas para a companhia nos próximos meses. A empresa aposta em estoques reduzidos na cadeia global, ambiente cambial favorável para desalavancar a companhia e dificuldade em suas concorrentes. As informações foram apuradas pelo portal Money Times.

Na noite de quarta-feira (12), a empresa divulgou um salto de 44% em sua produção operacional referente ao quarto trimestre medido pelo Ebtida. A justificativa, segundo a empresa, está na queda de produção da Chenming, uma das maiores fabricantes de papel da China.

O vice-presidente de celulose da Suzano, Leonardo Grimaldi, disse que com os estoques da china em nível baixa, uma corrida se iniciou no setor para ocupar o mercado da Chenming.

“É um cenário apertado de oferta no curto prazo e é positivo para nós”, acrescentou o executivo, afirmando que cada mês paralisado da Cheming cria uma demanda adicional de 200 mil toneladas de celulose na região.

Momento favorável

Na avaliação de Grimaldi, a situação de demanda adicional criada pelo vácuo de prejuízo da concorrente chinesa é “temporária”. Para o executivo, o mercado no país está buscando uma solução rápida para a companhia.

A Cheming suspendeu em novembro de 2024 72% de sua capacidade de produção para diminuir o prejuízo. A empresa alega estar passando por uma crise financeira.

A Suzano implementou totalmente aumentos de preços de celulose em janeiro anunciados em dezembro e está aplicando novos reajustes em fevereiro divulgados no mês passado.

Suzano (SUZB4) tem prejuízo de R$6,7 bi no 4º tri

O balanço trimestral divulgado pela Suzano (SUBZ4) nesta quarta-feira (12), revelou que a empresa teve prejuízo líquido de R$6,7 bilhões no quarto trimestre do ano passado, revertendo lucro de R$4,5 bilhões apurado no mesmo período de 2023.

O prejuízo registrado superou a média das expectativas de analistas compiladas pela LSEG, que apontava perda de R$4,9 bilhões no período.

O Ebitda ajustado – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – da Suzano somou quase R$6,5 bilhões nos três meses encerrados em dezembro de 2024, alta de 44% em relação ao mesmo período do exercício anterior.