Pavel Durov

Telegram: CEO diz que aplicativo fornecerá mais dados aos governos

A alteração no tom da companhia ocorre menos de um mês após a prisão do seu CEO, Pavel Durov, na França

Foto: Unsplash / Telegram
Foto: Unsplash / Telegram

O CEO do aplicativo de mensagens Telegram, Pavel Durov, declarou na segunda-feira (24) que a empresa fornecerá endereços IP e números de telefone dos usuários às autoridades competentes em resposta a solicitações legais. A plataforma mudou seus termos de privacidade para evitar que criminosos abusem dela, de acordo com a afirmação do executivo.

A alteração ocorre menos de um mês após a prisão de Durov na França. O CEO do Telegram está enfrentando acusações de suposta cumplicidade na propagação de materiais de abuso sexual infantil.

A mudança representa uma grande diferença em relação à abordagem anterior do aplicativo de conversa para governança de dados e sua privacidade de moderação frouxa. O Telegram, enviado aos Emirados Árabes Unidos, não tem sido responsável pelas solicitações de remoção de governos ao redor do mundo e frequentemente ignora pedidos de informações sobre suspeitos de crimes.

O aplicativo, que faz uso de inteligência artificial e conta com uma equipe de moderadores, agora passou a ocultar conteúdo problemático de seus resultados de pesquisa como parte de seus esforços para evitar o uso indevido. As informações são do “Valor”.

Quem é o fundador do Telegram, bilionário que tem mais de 100 filhos

fundador do Telegram, Pavel Durov, de 39 anos, apelidado de “Zuckerberg russo”, foi preso no fim de semana na França, enquanto chegava a um aeroporto particular próximo de Paris.

A prisão do empresário ocorreu no contexto de uma investigação judicial aberta contra “uma pessoa não identificada”, que teve início pela unidade de crimes cibernéticos da promotoria em 8 de julho, conforme informações do Ministério Público de Paris.

A investigação se refere a 12 acusações que caem Durov, entre elas, cumplicidade em crimes como administrar uma plataforma online para permitir transações ilícitas; posse, distribuição, oferta ou disponibilização de imagens pornográficas de menores; fraude. 

Além disso, a lista inclui também aquisição, transporte, posse, oferta ou venda de drogas, além de lavagem de dinheiro e recusa a entregar, a pedido das autoridades competentes, informações ou documentos necessários à realização e operação de interceptações permitidas por lei, entre outras.