A Temu, marketplace chinês do grupo Pinduoduo e concorrente de plataformas como Shein e Shopee, lançou suas operações no Brasil nesta quinta-feira (6).
A estreia deste e-commerce ocorre um dia após o Senado aprovar um imposto de 20% sobre importações de até US$ 50.
Diferente da Shein, que foca principalmente em moda, a Temu abrange uma variedade maior de categorias, incluindo produtos para pets, vestuário, brinquedos, artigos para casa e eletrônicos.
O site, que anteriormente não estava disponível na região, já está em funcionamento, oferecendo descontos de até 90% e frete grátis aos clientes.
De acordo com o BTG Pactual, o aplicativo já recebeu mais de 3 milhões de avaliações no país, com uma média de 200 mil downloads mensais.
Este ano, a empresa vendeu US$ 13 bilhões (R$ 68 bilhões) e planeja triplicar esse valor globalmente.
Temu supera alibaba em valor de mercado
A Pinduoduo, empresa controladora da Temu, recentemente superou a Alibaba, dona do Aliexpress, em valor de mercado. Avaliada em US$ 195 bilhões (R$ 1 trilhão) na Nasdaq, a empresa tem gerado apreensão no mercado.
“As varejistas devem temer a Temu. Basta observar como ela cresceu nos mercados da Europa e dos Estados Unidos”, afirma Fernando Moulin, especialista de negócios da Sponsorb. “Atualmente, ela é a segunda empresa com maior faturamento e volume de vendas no e-commerce americano.”
Desde seu lançamento em setembro de 2022, a Temu, semelhante a outras varejistas chinesas, oferece uma ampla variedade de produtos, que vão de eletrônicos a roupas. Seu diferencial reside nas promoções agressivas e na experiência aprimorada do usuário, com a plataforma utilizando dados para que os fornecedores ajustem suas produções de maneira mais eficiente.
Senado aprova, sem contagem de votos, ‘taxa das blusinhas’ de 20%
O Senado aprovou nesta quarta-feira (5) a taxação de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50, conhecida como “taxa das blusinhas”.
Atualmente, esses produtos estão isentos do imposto de importação. A proposta de eliminação da isenção foi inserida no projeto Mover, um programa de descarbonização de veículos, pela Câmara dos Deputados, com apoio de Arthur Lira (PP-AL).
No Senado, o relator do projeto, Rodrigo Cunha (Podemos-SP), chegou a remover esse trecho na terça-feira (4). No entanto, após um conflito entre parlamentares e uma crise inicial com Lira, o trecho foi reinserido.