(Reprodução:  Marcello Casal jr/Agência Brasil)
(Reprodução: Marcello Casal jr/Agência Brasil)

Os petroleiros recusaram a contraproposta do ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) apresentada pela Petrobras (PETR3;PETR4) e suas subsidiárias, informou a FUP (Federação Única dos Petroleiros) nesta segunda-feira (10).

Além disso, os 14 sindicatos que compõem a FUP aprovaram estado de greve e assembleia permanente. A decisão foi tomada nas assembleias realizadas e concluídas na sexta-feira (7).

“O resultado demonstra a insatisfação generalizada com a postura da empresa e reforça a disposição dos trabalhadores em não aceitar retrocessos nos direitos da categoria e redução de custos promovida pela empresa em detrimento dos petroleiros”, diz a nota.

A federação comunicou oficial o resultado das assembleias à  Petrobrás, à Transpetro, PBio, Ansa, Termobahia e TBG, cobrando a retomada imediata das negociações do ACT 2025. 

Foi agendada uma nova reunião para a terça-feira (11), quando a direção da Petrobras deve apresentar respostas sobre o PDV (Plano de Desligamento Voluntário) e as mudanças consideradas unilaterais nas jornadas de trabalho de médicos e odontologistas, “medidas criticadas pela federação por violarem o processo de negociação coletiva”.

Federação critica pagamento de dividendos da Petrobras

Na noite desta quinta-feira (6), a Petrobras divulgou o pagamento de R$ 12 bilhões em dividendos aos seus acionistas do terceiro trimestre do ano. Porém, foi duramente criticada pela FUP (Federação Única dos Petroleiros) e seus 14 sindicatos presentes em todo o território nacional.

A Federação está em negociação com a Petrobras para firmar o Acordo Coletivo de Trabalho, mas encontrou uma resistência da estatal para reajustar os salários dos trabalhadores e resolver questões do fundo de previdência Petros. 

“Pagamento de altíssimos dividendos para acionistas e corte de gastos com os trabalhadores, com demissão de terceirizados, falta de uma solução definitiva para os equacionamentos da Petros e dificuldades na mesa de negociação do acordo coletivo de trabalho (ACT), por conta da ladainha momentânea da queda do preço do barril de petróleo”, afirmou o coordenador-geral da Federação, Deyvid Bacelar, em nota divulgada nesta sexta-feira (7).

Ainda nesta sexta, será realizada a última assembleia para votar a contraproposta da estatal aos empregados sobre o acordo coletivo de trabalho. Em todas as assembleias anteriores, os sindicatos rejeitaram por unanimidade a contraproposta da petrolífera estatal.

“É inadmissível a manutenção de uma política de distribuição de altíssimos dividendos da Petrobras, a maior parte para estrangeiros. Enquanto isso, a empresa faz corte de gastos com trabalhador por conta de alegada austeridade, e endurece nas negociações de um acordo coletivo digno”, enfatizou o coordenador.