
O presidente dos EUA, Donald Trump, prorrogou novamente, em 90 dias, a venda de ativos da ByteDance, dona do TikTok, nos país norte-americano. Em paralelo, a empresa chinesa negou ter investido US$ 300 milhões na criptomoeda meme de Donald Trump para evitar a proibição do aplicativo.
“Acabei de assinar a decreto que prorroga o prazo para o fechamento do (negócio envolvendo o) TikTok por 90 dias (17 de setembro de 2025)”, declarou o republicano na rede social Truth Social, que pertence a ele, nesta quinta-feira (19). Essa é a terceira vez que Trump posterga a decisão do Congresso estadunidense de proibir o TikTok nos EUA; a decisão deveria estar em prática desde janeiro, disse a Forbes.
Decreto comprado?
A decisão de Trump foi criticada pelo democrata Brad Sherman, através da rede social X. O deputado disse que a decisão foi influenciada pelo investimento da ByteDance na criptomoeda meme de Donald Trump. “Trump cria as suas moedas sem custo algum, o que significa que esses são US$ 300 milhões em propina que irão diretamente para o bolso dele” escreveu.
“Deputado, alegar que os donos do TikTok estão comprando as criptomoedas de Trump é claramente falso e irresponsável e nem sequer reflete com precisão uma carta que você assinou no mês passado” respondeu o TikTok à publicação de Sherman.
Brad Sherman e outros deputados enviaram uma carta a Donald Trump em busca de informações sobre a ligação de Trump com o TikTok e outras empresas chinesas, contudo, o documento não menciona a compra de criptomoedas, disse a Exame.
A ByteDance não fez nenhum anúncio público sobre a compra da “memecoin” do presidente. Porém, em maio, uma empresa chamada GD Culture Group (que tem uma filial na China sem ligação com a ByteDance) anunciou um investimento de US$ 300 milhões no ativo digital e em bitcoin.
A acusação de Brad Sherman também tem como pano de fundo a proximidade de Donald Trump com o mundo das criptomoedas, o que gera preocupação com conflitos de interesses e influências corporativas nas decisões dos EUA.