Neutralizando o clima

Vale (VALE3) faz parceria com empresa sueca para descarbonização

A Vale informou que fechou um acordo com a GreenIron para desenvolver projetos de descarbonização no Brasil e Suécia

Vale (VALE3) / Divulgação
Vale (VALE3) / Divulgação

A Vale (VALE3) informou que fechou um acordo com a fabricante de metálicos sueca GreenIron para desenvolver projetos de descarbonização no Brasil e Suécia. O MOU (Memorando de entendimento, da sigla em inglês) busca zerar a emissão de carbono da cadeia de suprimentos de mineração e metais, segundo a Vale em nota.

As duas companhias estão desenvolvendo um estudo de viabilidade para redução direta no Brasil operado pela GreenIron. O contrato também contempla o fornecimento de minério de ferro da Vale para as operações da metalúrgica sueca em Sandviken, na Suécia.

A análise de viabilidade para uma unidade no Brasil inclui a escolha de local para projeto e avaliação de opções de energia renovável e fornecimento de recursos, como hidrogênio verde e outras formas de reduzir o impacto ambiental.

Parceria de anos

As duas empresas têm trabalhado juntas há dois anos em tetes para uso de pelotas de minério de ferro produzidas pela mineradora na siderúrgica sueca. O contrato firmado na terça-feira (7) prevê testes futuros com materiais fornecidos pela Vale que produzem menos carbono.

Segundo a Vale, a tecnologia da GreenIron é flexível em termos de matéria prima e capacidade adaptada para as demandas de seus clientes. Operações comerciais estão sendo comissionadas em Sandviken.

Vale (VALE3) deve passar por novo começo em 2025, avalia BTG

Vale (VALE3) deve limpar pendências e passar por um recomeço em 2025, avaliou o BTG em relatório publicado nesta quinta-feira (2). Porém, o banco continua com recomendação neutra para a ação da companhia, com preço-alvo de US$ 11.

Os analistas veem desenvolvimento favorável, mas ainda com necessidade de cautela, com pressão sobre o fluxo de caixa de curto prazo e potencial de retorno de caixa relativamente baixo em 2025, de 5% a 7%.

As perspectivas positivas para a empresa são o aumento dos volumes de minério de ferro, o acordo da Samarco e a resolução das renegociações de concessões ferroviárias.

Por outro lado, há riscos relacionados às perspectivas pessimistas para a China, mesmo com os estímulos do país à sua economia. De acordo com o relatório, isso aumenta “a pressão em todo o complexo siderúrgico e cria uma significativa sobrecarga para os preços do minério de ferro”.