
A Virgo, fruto da fusão entre Isec e Cibrasec, tornou-se a segunda maior securitizadora do Brasil, com R$ 90 bilhões sob administração fiduciária e 560 operações. Agora, busca expandir ainda mais sua atuação e iniciou um processo de diversificação com a estreia de três novas verticais: uma gestora de recursos, uma corretora e uma administradora de fundos.
A primeira movimentação foi a aquisição de uma “gestora casca”, a Boss, que agora passa a se chamar Virgo Asset e terá como CIO Aloisio Teles.
A estratégia da nova gestora será atuar no modelo “asset as a service”, oferecendo serviços de gestão e constituição de FIDCs para clientes institucionais. O plano é alcançar R$ 2 bilhões sob gestão em até 12 meses.
Novas aquisições e estratégias da Virgo
A Virgo também concluiu a aquisição da estrutura remanescente da H.Commcor DTVM, que permaneceu com os fundadores após a venda da carteira para o BTG Pactual, em outubro do ano passado. A operação está sujeita à aprovação do Banco Central.
Com isso, a empresa se prepara para operar como uma corretora voltada ao público institucional, executando operações de balcão, bolsa e câmbio — mas sem oferecer serviços de custódia de ativos. O foco são gestoras de ativos e de patrimônio.
“Por muito tempo, focamos muito na estruturação de CRIs e CRAs, e vemos que agora é a hora de pivotar para outros serviços que esses mesmos clientes nos mostram que há uma lacuna no mercado”, afirma Ivo Kos, fundador e managing partner da Virgo, em entrevista ao NeoFeed.
As duas aquisições foram financiadas com capital próprio da companhia e dos sócios fundadores — os valores das transações não foram revelados.
Planos futuros da Virgo
Também está nos planos da Virgo a criação de uma administradora de fundos, iniciativa com forte sinergia com a área de securitização da empresa, já que muitos clientes que estruturam FIDCs, CRIs e CRAs também demandam administração de fundos específicos, como os exclusivos.