Segurança

Volvo anuncia retorno de CEO como resposta a tarifas

Samuelsson terá um mandato de dois anos enquanto o conselho procura um sucessor a longo prazo

Fonte: Divulgação/Victor Hugo
Fonte: Divulgação/Victor Hugo

Líder da Volvo entre 2012 e 2022, Hakan Samuelsson retorna ao cargo de CEO (presidente-executivo) a partir de primeiro de abril. O anúncio, feito nesta segunda-feira (31), vem embalado no ceticismo corporativo que afeta a companhia diante das tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

Samuelsson terá um mandato de dois anos enquanto o conselho procura um sucessor a longo prazo. A Volvo afirmou que seu antigo dirigente retorna para dar estabilidade diante de “mudanças tecnológicas, complexidade geopolítica e competição mais intensa entre regiões”. O CEO possui agora 74 anos e tem mandato temporário.

Com sede em Gotemburgo, na Suécia, a Volvo, a montadora deve ser impactada pelas tarifas de 25% a veículos importados pelos norte-americanos. As taxas tem previsão de entrar em vigor na próxima semana.

A fabricante já havia alertado sobre um 2025 mais fraco em fevereiro. Segundo informações do portal Exame, a projeção de vendas e lucros está abaixo do provisionado para 2024, pressionados pela demanda em baixa e aumento das tensões comerciais. 

Volvo se protege

A presidência do conselho, liderada por Eric Li, afirmou em comunicado que Samuelsson tem “track record” (histórico) de liderança em ambientes adversos e conhecimento profundo da empresa.

Li reforçou em nota que o conselho está muito satisfeito com o retorno do executivo. A empresa aumentou medidas para concentrar o caixa depois de margens baixas observadas no quarto trimestre de 2024. As ações da companhia caíram 50% no intervalo de 12 meses, de acordo com o portal Bloomberg. 

Tarifas de Trump derrubam montadoras mundo afora

As tarifas sobre o setor automotivo anunciadas por Donald Trump impactaram as ações de montadoras norte-americanas, fabricantes de autopeças e empresas asiáticas nesta quinta-feira (27).

A General Motors (GMCO34) fechou em queda de 5,94%, enquanto a Ford (FDMO34) recuou 3,15%. A GM é a mais afetada pelas tarifas, pois aproximadamente 40% dos veículos que vende nos EUA vêm do México e do Canadá.

Na Europa, a Volkswagen também fechou no vermelho, assim como a BMW e a Mercedes-Benz. Na Ásia, as perdas foram generalizadas. As ações da Toyota caíram 2,7%, as da Honda recuaram 3% e as da Nissan tiveram queda de 2,2%. Na Coreia do Sul, Hyundai Motor e Kia registraram perdas de cerca de 4% cada.