
A Warner Bros. Discovery registrou prejuízo líquido de US$ 148 milhões no terceiro trimestre de 2025, revertendo o lucro de US$ 135 milhões obtido no mesmo período do ano anterior. A receita totalizou US$ 9,04 bilhões, uma queda de 6% em relação ao terceiro trimestre de 2024, em meio à desaceleração das operações de TV por assinatura nos Estados Unidos.
O desempenho negativo foi puxado, principalmente, pela divisão de distribuição e conteúdo, que engloba os estúdios e os serviços de streaming. O segmento faturou US$ 4,7 bilhões, recuo de 4% na base anual, refletindo a perda contínua de assinantes de TV tradicional no mercado norte-americano.
Por outro lado, os serviços de streaming da companhia, que incluem HBO Max e Discovery+ continuaram a expandir. O número de assinantes atingiu 128 milhões ao fim de setembro, alta de 15,8% na comparação anual. O avanço foi acompanhado de melhoria operacional, resultado da redução de despesas e maior eficiência no portfólio digital.
O segmento de cinema também apresentou desempenho positivo: a divisão de filmes registrou aumento de 23% na receita, impulsionada por lançamentos de sucesso como “Superman” e “Invocação do Mal 4: O Último Ritual”, além da continuidade da bilheteria expressiva de “F1: O Filme”.
Em contrapartida, as receitas com publicidade recuaram 16%, para US$ 1,4 bilhão, em razão da menor audiência dos canais lineares, o que compensou parcialmente o crescimento nas assinaturas pagas das plataformas digitais. Já o licenciamento de eventos caiu 3%, para US$ 2,64 bilhões, devido a uma base de comparação mais forte em 2024.
A WBD vem mantendo foco em otimização de custos e consolidação do streaming, enquanto tenta equilibrar o desempenho dos canais tradicionais. Analistas avaliam que a empresa enfrenta o desafio de transformar ganhos pontuais nas bilheterias em um crescimento sustentável no digital, especialmente em um mercado cada vez mais competitivo e pressionado por mudanças no consumo de mídia.