A Rio Bravo comunicou em nota, obtida pelo BP Money, que adiou a execução da ação de despejo contra a WeWork. A ação trata do edifício “Girassol 555”, localizado no bairro da Vila Madalena, na zona oeste de São Paulo, onde a WeWork opera.
Nas palavras da Rio Bravo, houve “a suspensão dos processos judiciais da Ação de Despejo e Ação de Execução pelo prazo de 7 (sete) dias, a fim de que os termos comerciais da transação em negociação entre as partes possam ser definitivamente acordados”.
O imóvel integra a carteira de FII (Fundo de Investimento Imobiliário) da Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11), que conta atualmente com cerca de 35 mil cotistas.
WeWork encara denúncias de ‘calote’ e ações de despejo; RJ a caminho?
A empresa de escritórios compartilhados WeWork no Brasil tem sido alvo de ações de despejo movidas por FIIs (fundos de investimentos) diferentes – Rio Bravo Renda Corporativa, HBR Realty e Vinci Offices.
Os FIIs alegam ‘calote’ nos aluguéis desde junho. Em pronunciamento após a divulgação das ações judiciais, a WeWork afirmou que desconhece os pedidos de despejo e que continua operando normalmente em todos os seus escritórios no país.
A situação financeira da empresa tem preocupado investidores e inquilinos, que temem que a sede brasileira esteja caminhando para um pedido de recuperação judicial, como fez a matriz, em Nova York.
Entenda ações de despejo movidas por FIIs
Os primeiros relatos de inadimplência da WeWork começaram a surgir em junho. Na época, os fundos imobiliários Vinci Offices, Santander Renda de Aluguéis, Torre Norte, Rio Bravo Renda Corporativa e Valora Renda Imobiliária avisaram seus cotistas sobre possíveis impactos nos rendimentos.
No final de agosto, começaram a ser noticiados processos de despejo contra a empresa por falta de pagamento de aluguéis. O período de inadimplência das ações corresponde a três meses após junho, intervalo padrão em muitos contratos de aluguel para o início de ações do tipo.