Pai é afetado

XP é acusada de coagir funcionário sobre investimento que gerou perda milionária 

De acordo com a denúncia, Puerta alega não ter sido alertado sobre os riscos do investimento, cuja contratação ocorreu por intermédio de seu filho Gabriel Pietra

Faculdade da XP
Foto: XP/Divulgação

O empresário Marco Antonio Puerta entrou com uma ação na Justiça contra a XP Investimentos, pedindo que a corretora lhe devolva os valores perdidos em uma transação de R$ 15 milhões. O empresário é pai de um ex-funcionário da corretora, que teria mediado a operação com o empresário após ser pressionado pelo chefe.

De acordo com a denúncia, Puerta alega não ter sido alertado sobre os riscos do investimento, cuja contratação ocorreu por intermédio de seu filho Gabriel Pietra, que trabalhava, na época, na XP, em meio à pressão e ameaças de seus superiores.

O juiz André Augusto Salvador Bezerra concedeu medida liminar (provisória) determinando a suspensão da cobrança de juros de empréstimos ligados à operação. A decisão foi divulgada na quinta-feira (22).

De acordo com a ação, que tramita na 42ª Vara Cível de São Paulo, o filho passou a ser alvo de constrangimento frequente por parte da XP, inclusive com ameaças de demissão, para que seu pai concordasse com a operação financeira, conforme foi antecipado pelo “Broadcast” e a “Folha de São Paulo”.

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XP: CEO diz que modelo de negócio não depende do cenário macro

“Vale destacar que, pensando na empresa e no ‘negócio’ XP, nos últimos anos construímos um modelo de negócio que não depende do cenário macro”, disse Thiago Maffra, CEO da XP.Inc.

A afirmação foi feita em entrevista ao BP Money, durante o Expert XP 2024. O CEO da XP também ressaltou que um cenário mais favorável é melhor para os negócios, mas acrescentou: “em dezembro, nós [XP] demos um guidance para o mercado, onde prevíamos uma receita de R$ 15 bilhões para chegar a cerca de R$ 22,5 bilhões”.

Segundo ele, nessa projeção, nunca houve uma melhora de mercado, e as atividades da empresa seguem em busca do guidance.

“Nós temos investido muito na empresa em três verticais de crescimento, entre elas, investimentos, alta concentração bancária, 80% dos investimentos ainda estão dentro dos grandes bancos. Então, vemos um caminho enorme para sermos líderes de mercado em investimentos nos próximos anos.”