Recorde

XP registra lucro líquido de R$ 1,321 bilhão no 2T25

Resultado é 18% maior do que o registrado em 2024 e 7% superior ao primeiro trimestre de 2025

Foto: Divulgação / XP Inc.
Foto: Divulgação / XP Inc.

A XP Inc. (XPBR31) registrou lucro líquido ajustado de R$ 1,321 bilhão no segundo trimestre de 2025. Resultado é 18% maior do que o registrado em 2024 e 7% superior ao primeiro trimestre de 2025. Com esse números, a XP bateu um novo recorde.

O EBT (lucro antes dos impostos) foi de R$ 1,318 bilhão, com alta trimestral de 4% e queda anual de 5%. A captação líquida de varejo foi de R$ 16 bilhões, 21% menor contra o trimestre anterior e 34% menor contra o mesmo período do ano anterior.

A receita bruta total da XP somou R$ 4,7 bilhões, um crescimento de 2% em relação ao mesmo período de 2024. Desse montante, a maior parte diz respeito a receita de varejo, que avançou 9%, a R$ 3,577 bilhões.

O crescimento ano a ano do varejo foi impulsionado por mais um trimestre forte em Renda Fixa, que registrou crescimento de 20% ante o segundo trimestre de 2024, a R$ 988 milhões e Outras Receitas do Varejo, que incluem float, câmbio, conta digital, consórcio, investimentos globais, entre outros, que cresceram 31%, a R$ 634 milhões.

A Renda Variável teve queda de 8% ao ano, para R$ 1,03 bilhão, mas voltou a ser a principal fonte de receita dentro do varejo da XP, após ter sido ultrapassada por renda fixa no primeiro trimestre de 2025.

Por sua vez, a receita líquida avançou 6%, a $4,46 bilhões, com destaque para expansão no segmento de varejo, disse o Infomoney.

O retorno sobre o patrimônio líquido anualizado (ROAE) ficou em 24,4%, de 22,1% um ano antes. O retorno sobre o patrimônio líquido tangível (que exclui intangíveis e ágio) anualizado (ROTE) passou de 27,2% para 30,1%. A XP aponta que o ROTE permite uma comparação mais assertiva com outros concorrentes.

Sobre seguros: o prêmio emitido avançou 45% em relação ao mesmo período de 2024, para R$ 444 milhões. A Previdência registrou alta de 15% em ativos de clientes, alcançando R$ 86 bilhões, o braço de cartões registrou R$ 12,4 bilhões de volume transacionado (TPV) na comparação anual refletindo um crescimento de 8%, enquanto novas verticais – como câmbio, investimentos globais, conta digital e consórcio – cresceram 146% da receita no mesmo intervalo.

O lucro líquido por ação básico ajustado foi de R$ 2,50, um aumento de 8% contra o trimestre anterior e de 22% contra o mesmo período do ano anterior. O lucro líquido por ação diluído ajustado para o trimestre foi de R$ 2,46, um aumento de 7% contra o trimestre anterior e um crescimento de 22% contra o 2T24.

A XP afirma que houve um crescimento mais forte do lucro por ação frente o lucro líquido como consequência dos programas de recompra de ações.

“Fortalecemos o negócio no trimestre registrando lucro líquido recorde e crescimento do lucro por ação de 22% na comparação anual. Tenho confiança de que estamos no caminho certo e que continuamos trabalhando intensamente para manter o nosso ritmo de crescimento de longo prazo, sempre com o compromisso com a excelência em servir os nossos clientes”, afirma Thiago Maffra, CEO da XP Inc., no release de resultados.

A captação líquida (Net New Money) no Varejo foi deR$ 16 bilhões no trimestre, com a companhia destacando a estratégia de segmentação, produtividade e compliance, com atendimento e eficiência da rede de assessores.

O número de clientes ativos cresceu 2% contra o mesmo período do ano anterior, totalizando 4,7 milhões no 2T25.

Aumento das despesas

Por outro lado, as despesas administrativas gerais foram de R$ 1,6 bilhão no segundo trimestre, 10% maiores em comparação com o mesmo período do ano anterior.

O índice de eficiência, percentual das despesas em relação a receita, de doze meses foi de 34,5% no 2T25 ante 36,1% no 2T24, uma queda de 1,6 ponto percentual, “reforçando mais uma vez o foco em disciplina de custos e uma eficiente gestão de despesas”, ressaltou a companhia no documento de resultados.

No segundo trimestre, houve um aumento em “Outras Despesas”, que cresceram 24% contra o mesmo período do ano anterior e 22% frente ao 1T25, com o aumento se devendo principalmente a iniciativas de marketing e investimentos em tecnologia.