Enauta (ENAT3) anuncia desistência da venda de 50% do Campo de Atlanta

Prorrogação de negociações com Karoon Energy não acontecerá

A Enauta Participações anunciou, no último domingo (22), que não expandirá o prazo de negociações com a Karoon Energy para vender 50% do Campo de Atlanta.

Em resposta à solicitação da companhia de energia, a Enauta garantiu que o período de exclusividade que terminaria em 31 de maio deste ano, não será renovado por mais tempo.

Por meio da Comissão de Valores Imobiliários, a companhia contatou a Karoon Energy no último sábado (21), confirmando que não estenderá o prazo.

“Com a execução de todos os grandes contratos houve uma diminuição dos riscos de implantação do Sistema Definitivo (SD) de Atlanta. Além disso, avançaram as atividades para extensão do Sistema de Produção Antecipada (SPA) até 2024. A Companhia entende que esses movimentos, combinados com a valorização do preço do petróleo, aumentaram o potencial de geração de valor do projeto. Dessa forma, a venda de participação, nos termos propostos, não geraria valor para os acionistas”, afirmou a companhia de exploração de petróleo.

A empresa, que detém 100% do Campo de Atlanta, disse também que o Sistema Definitivo “representa hoje a melhor oportunidade de crescimento e de rentabilidade na carteira de projetos da empresa”.
 

Concessão do Campo de Atlanta já havia sido prorrogada pela Enauta

A companhia também informou, na última sexta-feira (20), que o novo Plano de Desenvolvimento, e a prorrogação contratual de concessão do Campo de Atlanta por mais 11 anos foram aprovados pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.

Dessa forma, o prazo de concessão passou a ser até 2044, e não mais até 2033. A empresa terá a concessão do Campo de Atlanta até esta data, inicialmente com seis poços. A projeção é que até 2029, mais quatro sejam construídos.

Além disso, a companhia também prevê o “primeiro óleo” (início da produção regular) já em 2024.

A Enauta divulgou seu balanço corporativo para o primeiro trimestre deste ano, registrando o prejuízo líquido de R$ 98,2 milhões. O resultado apresentou uma alta de 521,5% em comparação com o período entre janeiro e março do último ano.