Mercado vê menor risco

Enauta (ENAT3) fatura US$ 302 mi com venda de participação em campos

A empresa também informou um programa de recompra de ações, equivalente a 7,5% das que  circulam no mercado no momento

Foto: Unsplash
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A petroleira Enauta (ENAT3) anunciou, na quinta-feira (21), a assinatura de um acordo para venda de 20% da participação da concessão BS-4. O negócio, que se refere aos campos de Atlanta e Oliva, equivale a US$ 302 milhões.

De acordo com o InfoMoney, a venda será feita à Westlawn Americas Offshore (WAO). No negócio há também a opção de venda de 20% de participação no Atlanta Field BV (AFBV), por US$ 65 milhões.

Além disso, a empresa também informou um programa de recompra de ações, equivalente a 7,5% das que  circulam no mercado no momento. 

Diante disso, o Itaú BBA vê a parceria como um reconhecimento ao bom trabalho da Enauta para reduzir os riscos do FPSO Atlanta, enquanto respeita o orçamento determinado na fase FID, sem exceder o capex.

Para o BBA, o pagamento estipulado pela participação de 20% no campo Atlanta corresponde a 20% do valor de mercado atual da Enauta. Além de parecer justo, também sugere uma potencial valorização das ações, considerando os campos Parque das Conchas, Uruguá-Tambaú e Manati.

Ademais, o Itaú vê que, após a redução do risco do projeto, a Enauta segue a estratégia de geração de valor com a gestão ativo do portfólio. 

Dessa forma, a Enauta poderá monetizar antecipadamente a potencial geração de caixa de Atlanta, bem como  a diluição dos riscos operacionais e fornecerá poder de fogo para a petroleira seguir com a diversificação.

Bradesco (BBDC4) se torna maior acionista da Enauta (ENAT3)

O banco Bradesco (BBDC4), optou por converter os créditos que detinha contra a empresa Queiroz Galvão, em troca de uma participação nas ações da Enauta (ENAT3). Conforme apuração do Brazil Journal, a operação dará ao banco 67,5 bilhões de ações, tornando-o o maior acionista da companhia. 

O valor adquirido pelo Bradesco corresponde a cerca de 25,5% do capital da Enauta, empresa do setor petrolífero. Após a conversão, a Queiroz Galvão passou a ter 15% do capital, anteriormente a participação era de 38%. 

Da porcentagem restante, cerca de 8% é de participação direta, enquanto outros 7% são através de fundo. 

Segundo o jornal, uma fonte afirmou que o Bradesco chegou a avaliar a venda da posição atual, por meio de um follow-on – oferta subsequente de ações – ou block trade. Porém, o banco entendeu que ainda há um upside relevante e manteve as ações da Enauta.