Para o Bradesco BBI, o “timing” errado explica a reação negativa do mercado às ações ON da Enauta (ENAT3), no fechamento anterior, depois da proposta de fusão com a 3R Petroleum (RRRP3). No pregão desta quarta-feira (3), por volta das 14h30 (horário de Brasília), os papéis sobem 2,14%, a R$ 26,28.
A equipe do BBI já esperava que as ações da Enauta fossem se recuperar na sessão desta quarta-feira. Mas além dela, os pares do setor também avançam, com PetroReconcavo (RECV3) subindo 3,84%, a R$ 21,88 e 3R Petroleum valorizando 3,48%, a R$ 34,50.
Caso tivesse sido apresentada em outro momento, a proposta da Enauta, seguindo a proporção atual, seria avaliada de forma mais positiva, de acordo com o ‘InfoMoney’.
Por conta das explorações realizadas pela Enauta nos campos de Atlanta e Oliva, a análise do Bradesco considera que o mercado receberia melhor, no futuro, a fusão com outra companhia.
O relatório do BBI reforça a tese de que, com o desempenho apresentado na terça-feira (2), pela Enauta e pela 3R Petroleum, a “nova empresa” valeria menos que as companhias separadas.
Bradesco cita sinergias como parte da desconfiança com a Enauta (ENAT3)
A incerteza dos agentes da área com as sinergias entre as empresas é o que causa parte da desconfiança.
“Embora as sinergias não sejam tão óbvias quanto as sinergias da 3R com a PetroReconcavo, elas não seriam negativas. O mercado também poderia ter precificado a 3R perdendo algumas sinergias ‘mais óbvias’ sobre a potencial fusão com a RECV; no entanto, não acreditamos que essas estivessem sendo significativamente precificadas pelo mercado neste estágio”, expressou o Bradesco BBI.
Os custos para operação no hub offshore em campos que as empresas já detém, é um dos fatores de sinergia pontuados pelo BBI. Bem como Atlanta e Oliva, Parque das Conchas, Uruguá Tambaú, Papa Terra e Malombe.
Além disso, para o banco também existe destaque para as sinergias comerciais e fiscais, aliadas ao custo de capital mais baixos para o negócio entre a Enauta e a 3R Petroleum.