O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) contactou bancos na última sexta-feira (2) para selecionar um assessor financeiro que o ajude a encontrar um comprador para sua participação na Energisa (ENGI11), numa transação estimada em R$ 2 bilhões, segundo o “Brazil Journal”.
O mercado vem especulando nas últimas semanas que o banco lançaria um follow-on ou um block trade para se desfazer da posição na Energisa. No entanto, o banco prefere, aparentemente, um processo organizado junto a investidores financeiros ou estratégicos.
A BNDESPar se tornou dona de 11,38% do capital da companhia no último mês, quando converteu uma debênture com bônus de subscrição.
Ele subscreveu a debênture em 2015 para apoiar o grupo do setor de energia na aquisição do Grupo Rede, que trouxe um novo vetor de crescimento para a companhia dos Botelho.
Esses bônus foram convertidos a R$ 16,47. Atualmente, o papel negocia em torno de R$ 43,50.
Segundo à publicação, além de investidores financeiros, a própria Energisa é o comprador mais lógico para a posição. Recentemente, a companhia entrou na disputa pela Celg, distribuidora de Goiás que a Enel colocou à venda.
No entanto, os italianos entraram em uma negociação exclusiva com a Equatorial Energia.
A companhia vale R$ 20,7 bilhões na Bolsa e negocia a cerca de 12x o lucro estimado para o próximo ano.
Energisa pagará R$ 472,1 milhões em dividendos
A companhia anunciou em agosto a aprovação do pagamento de R$ 472,1 milhões em dividendos intercalares aos acionistas.
O valor dos proventos por ação será para ações ordinárias (ENGI3): R$ 0,23, para ações preferenciais (ENGI4): R$ 0,23 e para units (ENGI11): R$ 1,16. A data de pagamento é primeiro de setembro.
Esses proventos fazem parte dos dividendos obrigatórios do exercício de 2022, segundo documento arquivado na CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Além disso, o pagamento só será feito para os investidores que tinham ações da Energisa até 23 de agosto.