Entenda intenção do governo chines com a Evergrande

O real propósito da possível intervenção do governo chinês é seu interesse em reduzir o monopólio da gigante mobiliária sobre o mercado global.

Apesar de parecer que a China tenha intenção de oferecer suporte para o grupo Evergrande, que vem enfrentando sua maior crise no mercado imobiliário, a realidade é diferente. O real propósito da possível intervenção do governo chinês é seu interesse em reduzir o monopólio da gigante mobiliária sobre o mercado global.

Para a pesquisadora Karen Vazquez, a não intervenção do governo chines poderá custar o colapso da empresa, causando prejuízos a milhões. A pesquisadora explica que, na perspectiva oriental, este cenário de falha de uma empresa chinesa pode submeter a legitimidade do partido comunista chinês.

Segundo Vazquez, na lógica de mercado oriental a falha da imobiliária significa necessariamente a falha da nação. Com isso há a intenção, com ou sem intervenção, é de reduzir o poder dos monopólios e alcançar uma sociedade mais igualitária antes mesmo de retomar o crescimento no pós-pandemia.

A Evergrande, a segunda maior incorporadora da China, enfrenta uma crise que faz jus ao seu nome. Na última semana, agências de risco rebaixaram sua avaliação e recomendaram a venda das ações da empresa que acumula dívidas de US$ 300 bilhões, representando aproximadamente de 2% do PIB chinês.
 

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