As empresas Equatorial (EQTL3) e CPFL (CPFE3) estão na disputa pela Enel Ceará, antiga Coelce, segundo o Bradesco BBI. O banco afirmou que o prazo para apresentar ofertas encerrou na semana passada e as duas empresas seguem no páreo.
O BBI tem recomendação neutra para a Equatorial, com preço-alvo de R$ 33 por ação; e recomendação neutra para a CPFL, com preço-alvo de R$ 40. Desde maio que ambas empresas expressaram o desejo de adquirir a elétrica.
Avaliação de cenários do Bradesco BBI
O Bradesco BBI acredita que, se a Equatorial adquirir a Coelce por um múltiplo de 1,2 vez a 1,3 vez o EV/RAB, os investidores provavelmente veriam a compra de forma positiva, devido às possíveis sinergias regionais. No entanto, a alavancagem da empresa poderia ser um problema para a Equatorial, podendo ser necessária uma oferta de ações, avaliou o banco.
Caso a CPFL adquira a Coelce pelo mesmo valor, a reação do mercado seria neutra. No entanto, a operação poderia ser ligeiramente negativa, pois confirmaria que o dividendo retido do ano de 2022 não seria pago.
Se a CPFL não efetuar a aquisição, o dividendo de cerca de R$ 2,5 bilhões provavelmente será pago, o que proporcionaria à empresa um rendimento adicional de 6% sobre o rendimento de dividendo do ano fiscal de 2023, que foi de 11%.
Equatorial (EQTL3): Bradesco BBI corta recomendação de compra
As ações da Equatorial (EQTL3) tiveram sua recomendação de compra rebaixada para neutra pelo Bradesco BBI. O banco ainda estipulou um preço-alvo de R$ 33,00.
O corte promovido pelo Bradesco BBI antecede a realização de uma audiência pública planejada para a próxima quinta-feira (22) pelo Ministério de Minas e Energia. O Governo Federal pretende debater as regras de prorrogação de concessão que afetarão todas as distribuidoras, com exceção da Cemig (CMIG4) e Copel (CPLE6).