O uso de inteligência artificial (IA) é imprescindível para identificar e mapear as emissões de gases de efeito estufa da Indústria de Óleo e Gás com maior precisão, diz o estudo da Boston Consulting Group. O setor já é responsável por 41% das emissões globais e busca reduzir o impacto ambiental para cumprir o Acordo de Paris.
“As empresas estão preocupadas em reduzir as emissões. 85% dos executivos se declaram preocupados, e 96% deles têm targets de redução de emissão em algum período, mas não há precisão nestas metas. A inteligência artificial deve ajudar a consolidar essas iniciativas”, diz Henrique Sinatura, diretor-executivo e sócio do BCG.
O relatório “The AI Angle in Solving the Oil and Gas Emissions Challenge” mostrou também que as preocupações neste sentido podem criar inclusive uma vantagem competitiva para empresas desta indústria, uma vez que muitos de seus clientes já vêm trabalhando para reduzir suas próprias emissões de GEE.
O setor de óleo e gás é responsável por 41% das emissões globais de GEE. Enquanto 10% são emissões diretas (escopo 1), as indiretas relacionadas à energia elétrica (escopo 2) são 1% do total e as demais (escopo 3) representam 30%.
A BCG é parceira exclusiva da COP26 e tem trabalhado em conjunto com o governo do Reino Unido para gerar impulso em campanhas importantes, incluindo “Race to Zero” e “Race to Resilience”.
Assim, a companhia estima que, para evitar danos irreversíveis e cumprir as metas do Acordo de Paris, incluindo chegar ao net-zero até 2050, as emissões globais devem ser reduzidas pela metade até 2030.
Até 2050, o BCG estima que os investimentos globais precisam ser da ordem de US$ 150 trilhões para alcançar esses objetivos.