ESG: Renner promete investir em ‘moda circular’

A companhia espera se afastar do “fast fashion”, garantindo que seus produtos não virem lixo em pouco tempo

Uma das pioneiras do fast fashion no Brasil, a Renner pretende trazer a economia circular para dentro de seu negócio, garantindo que suas roupas não virem lixo em pouco tempo, como ocorre com as roupas que duram uma só estação. A companhia está investindo em energia renovável para diminuir o impacto ambiental da produção dos produtos.

“Nosso modelo segue a demanda, não somos fast fashion”, diz o presidente da Renner, Fabio Faccio, destacando que uma das frentes da empresa é o uso do algodão certificado, de fornecedores com selo de atuação socioambiental. “Olhamos todo o processo, tanto no uso dos recursos quanto na remuneração e condições de trabalho”.

Especula-se que se gasta, média, 2.720 litros de água para a produção de uma única camiseta. Para calça jeans esse número sobe para 4 mil litros de água. Outro impacto ambiental causado pela fabricação de roupas é no processo de tingimento das peças, no qual é responsável por 20% da poluição da água potável. Além disso, a produção acelerada de peças de vestuário é responsável também por até 10% de emissão de CO2. 

A indústria da moda é a segunda mais poluente do mundo: só no Brasil, são produzidas 12 toneladas de resíduos têxteis por dia. No processo de corte e costura de uma peça, os retalhos de tecido são todos descartados. O que aumenta ainda mais o desafio da Renner no país.

O plano da companhia é acelerar a jornada ESG (atuação ambiental, social e governança). Os primeiros frutos já estão sendo colhidos: a empresa acaba de apresentar a maior pontuação entre as varejistas em todo o mundo no índice Dow Jones de sustentabilidade, referência na avaliação de ações ESG de empresas de capital aberto. “Isso nos mostra que estamos no caminho certo”, diz Faccio.
 

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