EUA: comércio bilateral com o Brasil cresce e bate recordes

Brasil e EUA tem os melhores dados de comércio na história, segundo a Amcham (Câmara Americana de Comércio)

Os números do comércio bilateral entre Brasil e EUA aumentam cada vez mais. Apesar da expectativa da Amcham Brasil (Câmara Americana de Comércio) de um crescimento moderado em 2022, os dados do primeiro trimestre registraram um aumento de 40,2% ante o mesmo período de 2021. É o maior valor para um primeiro trimestre de toda a série, iniciada em 1989.

O comércio entre os dois países chegou a marca de US$ 19 bilhões.

“Tínhamos a perspectiva de que o comércio bilateral continuaria crescendo em 2022, mas que seria relativamente moderado, porque as incertezas são consideráveis, em razão da inflação global, da pandemia, da possível desaceleração da China e de eventos geopolíticos e climáticos que afetem a economia mundial. mas esse primeiro trimestre veio com força”, afirmou Abrão Arabe Neto, vice-presidente executivo da Amcham Brasil em entrevista ao “Valor Econômico”.

EUA: relação comercial com o Brasil teve melhores números na história

De acordo com Arabe Neto, o aspecto mais positivo é de que houve crescimento nas exportações do Brasil para os EUA e também nas importações. “Nas duas vertentes, vimos, para o primeiro trimestre, os melhores valores já registrados”, acrescentou em entrevista ao “Valor”.

As exportações brasileiras para os EUA tiveram alta de 35,9% nos três primeiros meses de 2022 em relação ao mesmo período de 2021. Os negócios atingiram a marca de US$ 7,6 bilhões. As compras brasileiras dos EUA chegaram ao montante de US$ 11,4 bilhões.

Em relação à exportação, o setor de maior contribuição foi do petróleo bruto, que representa mais de 10% das exportações totais dos EUA. O crescimento foi de 167% no período. 

A exportação de carne bovina também ficou entre os destaques com um crescimento de 725,5%. Segundo a Amcham, o Brasil ficou à frente de Canadá, México e Austrália como principal fornecedor deste tipo de produto para os EUA.