As taxas de juros mais elevadas continuam a pressionar alguns dos maiores bancos dos EUA, e suas máquinas de crédito apontam para sinais de fraqueza do consumidor.
Nos EUA, o JPMorgan (JPMC34) e o Wells Fargo relataram uma contração no lucro trimestral na sexta-feira (12). O Citigroup (CTGP34) apresentou um aumento nos lucros; parte desse movimento foi impulsionada pelas medidas de redução de custos do banco, mas reservou mais provisões para potenciais perdas no seu negócio de cartões de crédito.
O lucro do segundo trimestre do JPMorgan recuou 9% em relação ao ano anterior, para US$ 13,1 bilhões. Esse número exclui um ganho de US$ 8 bilhões que a instituição recebeu numa troca das suas ações da Visa e de outros itens únicos.
A receita líquida de juros do banco, uma medida da diferença entre o que os bancos pagam sobre os depósitos e o que cobram pelos empréstimos, avançou para US$ 22,9 bilhões, correspondendo a um aumento de 5% em relação ao ano anterior.
O presidente do JPMorgan, Jamie Dimon, destacou sua visão de que as taxas de juros podem acabar permanecendo mais altas do que alguns economistas previram.
“As avaliações de mercado e os spreads de crédito parecem refletir uma perspectiva econômica bastante benigna”, disse ele, de acordo com o “Valor”. “Mas ainda existem múltiplas forças inflacionárias à nossa frente: grandes déficits fiscais, necessidades de infraestruturas, reestruturação do comércio e remilitarização do mundo.”
PPI dos EUA cresce 0,2% em junho, mais que o previsto
O PPI (índice de preços ao produtor) dos EUA cresceu 0,2% em junho em comparação a maio, informou o Departamento do Trabalho norte-americano nesta sexta-feira (12).
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o índice avançou 2,6%, o mais alto desde março 2023.
Os resultados superaram as expectativas do consenso LSEG de analistas, que esperavam uma alta mensal de 0,1% e anual de 2,3%.