Negócios

Evergrande deve retornar à Bolsa de Hong Kong nesta terça

A saída temporária da Evergrande da bolsa local foi um pedido feito pela própria companhia

A bolsa de Hong Kong comunicou, em nota, que a incorporadora chinesa Evergrande Group solicitou a volta das negociações de seus papéis no mercado acionário chinês. De acordo com a informação, a companhia deve retornar no pregão da próxima terça-feira (3), às 9h, horário local.

A saída temporária da Evergrande da bolsa local foi um pedido feito pela própria companhia, bem como ressalta no comunicado. A suspensão ocorreu no período em que havia relatos de que Hui Ka Yan, o presidente, fundador e acionista controlador da incorporadora, viria a ser detido pela polícia chinesa. 

Ainda de acordo com a nota, os detentores de seus papéis e potenciais investidores “devem exercer a cautela ao lidar com os ativos da companhia”, diz ainda a Bolsa de Hong Kong.

Presidente da Evergrande sob controle policial

O presidente da Evergrande foi preso na última quinta-feira (28), sendo alvo de uma operação da polícia chinesa, sob suspeitas de envolvimento em “atividades ilegais”. A companhia afirmou que havia recebido uma notificação das autoridades chinesas confirmando a detenção.

Há suspeitas de que o fundador da companhia encontrava-se em sob monitoramento das autoridades antes mesmo da notificação oficial. De acordo com um veículo de imprensa local, Hui estaria detido em Pequim, antes de ter sido acusado formalmente pelas autoridades. 

Relembre

Com uma dívida de aproximadamente US$ 328 bilhões, a incorporadora chinesa encontra-se imersa em uma crise no setor imobiliário, sendo considerada a imobiliária mais endividada do mundo, além de ser a responsável por afetar o desempenho econômico do país oriental.

Em seu último pregão, antes da suspensão, a ação da Evergrande tombou 19% em Hong Kong, acumulando perdas de cerca de 42% na semana.

Embora a empresa tenha registrado uma redução significativa de seus prejuízos no primeiro semestre de 2023, a crise dura há cerca de um ano e meio, se destacando como a maior evidência da crise no setor imobiliário da China. 

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