Nesta terça-feira às 14h

Americanas: CVM vai julgar ex-executivos pela primeira vez

Ex-diretor presidente é acusado de divulgar informações sobre dívida de forma incompleta e inconsistente

Americanas (AMER3)
Americanas (AMER3) / Foto: Divulgação

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) vai julgar pela primeira vez o ex-diretor presidente e o ex-diretor de relações com investidores das Americanas, Sergio Rial e João Guerra, respectivamente. O julgamento ocorre nesta terça-feira (3), a partir das 14h, com relatoria do diretor Daniel Maeda, informou o “Valor Econômico”.

Rial é acusado de divulgar informações relevantes até então desconhecidas e expor números da dívida das Americanas de maneira incompleta e inconsistente durante teleconferência da companhia em 11 de janeiro de 2023. Enquanto isso, Guerra é acusado de não divulgar fato relevante com as informações reveladas na reunião.

A CVM recusou uma proposta de termo de compromisso oferecida pelos ex-executivos em março de 2024, em que Rial sugeriu o pagamento de R$ 1,28 milhão e Guerra de R$ 600 mil.

Americanas (AMER3): após alta de mais de 70%, queda veio forte

As ações das Americanas (AMER3) registraram queda significativa no pregão desta quinta-feira (21). A desvalorização ocorre após a companhia acumular altas de mais de 70%, impulsionadas por um balanço considerado robusto.

Por volta das 12h (horário de Brasília), os papéis das Americanas (AMER3) recuavam 13,72%, sendo negociados a R$ 7,87. Ao longo do dia, a contração perdeu força. Às 14h, as ações apresentavam queda de 8,90%, cotadas a R$ 8,29.

A empresa, que está em recuperação judicial, teve uma disparada na última semana, alcançando alta de 180% após divulgar o balanço do terceiro trimestre. No período, reportou um lucro líquido de R$ 10,3 bilhões, o que animou o mercado.

Apesar da euforia inicial, especialistas apontaram que é fundamental acompanhar os próximos resultados da companhia e agir com cautela em relação aos papéis. Como foi antecipado pelo BP Moneya queda não surpreende o mercado.

Acionista que atingiu fatia de 12,5% segue comprando

O investidor e educador pernambucano Inácio de Barros Melo Neto, que atingiu, em julho, fatia de 12,5% na Americanas (AMER3), disse à Reuters na segunda-feira (18) que continua comprando ações da companhia.

No final de agosto, quando a Americanas fez um grupamento de ações na proporção de 100 para 1, seu volume de papéis na companhia foi reduzido. Mas, de lá para cá, o investidor, que ficou com 1,4 milhão de ações da Americanas pós-agrupamento, mais que dobrou o número de papéis em carteira.

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