Maior aplicativo de delivery do Brasil, o iFood está realizando demissões em massa nesta quarta-feira (1º). De acordo com informações obtidas com exclusividade pelo BP Money, a companhia cortou quase 10% dos funcionários no País. Em contato com o site, a empresa afirmou que demitiu 6,3% do seu quadro de colaboradores.
Cerca de 300 funcionários deverão ser impactados com os cortes, e a tendência é que mais nomes façam parte da lista de demissões. Segundo uma fonte ouvida pelo BP Money, o CEO do iFood se reunirá com funcionários no final da tarde desta quarta.
Em nota, a empresa descreveu a demissão em massa como “difícil decisão”. Confira o posicionamento da companhia na íntegra:
“O iFood tomou hoje a difícil decisão de descontinuar algumas posições internas, impactando em postos de trabalho de colaboradores, que ajudaram a escrever a nossa história. O atual cenário econômico mundial tem exigido das empresas ações imediatas na busca por novas rotas para enfrentar essas adversidades. Não foi diferente com o iFood. Lamentamos por cada perda e estamos comprometidos em garantir que esse momento difícil seja conduzido com o máximo de cuidado e respeito a essas pessoas.”
iFood: veja o que muda com decisão de Cade para restaurantes
O iFood anunciou nesta quarta-feira (08) que assinou um acordo com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) sobre os contratos de exclusividade fechados entre a empresa e alguns dos restaurantes parceiros da plataforma.
Segundo o aplicativo de delivery, o acordo com a autarquia prevê a legalidade dos contratos de exclusividade com restaurantes, porém o Cade irá estabelecer critérios de legalidade e limites para a celebração desse tipo de contrato.
O acordo prevê que 25% do volume de vendas (GMV) no iFood poderá estar atrelado a restaurantes exclusivos. Nos municípios com mais 500 mil habitantes, apenas 8% dos restaurantes que trabalham com a plataforma poderão assinar contrato de exclusividade.
O Cade ainda estipulou uma norma na qual a plataforma de delivery poderá firmar novos contratos de exclusividades com estabelecimentos, porém limitados a um período máximo de dois anos. Quando acabar o acordo de exclusividade, esses restaurantes deverão permanecer sem exclusividade com o iFood pelo período mínimo de um ano.
Segundo o acordo firmado, o iFood também não poderá fechar contratos de exclusividade com marcas que, no momento da celebração ou renovação contratual, tenham 30 ou mais estabelecimentos.
De acordo com o iFood, o acordo tem duração de quatro anos, e seu acompanhamento será feito por um terceiro independente escolhido pela plataforma e aprovado pelo Cade.
“As mudanças previstas no acordo trarão mais segurança jurídica para o setor como um todo e implicarão em mudanças na política de exclusividades do iFood”, afirmou Arnaldo Bertolaccini, vice-presidente de restaurantes do iFood.