Petróleo

Exploração na Margem Equatorial pode começar este ano, aponta Silveira

A exploração da Margem Equatorial está barrada desde o ano passado, após um parecer do Ibama negar a licença

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira / Foto: Ricardo Botelho/MME
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira / Foto: Ricardo Botelho/MME

Alexandre Silveira, o ministro de Minas e Energia, afirmou nesta quarta-feira (8) ter uma visão otimista quanto à possibilidade de o governo destravar neste ano a exploração de poço de petróleo localizado na Bacia da Foz do Rio Amazonas, na Margem Equatorial.

Na avaliação do ministro, a Petrobras (PETR4) “sanou todas as dúvidas” do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), por isso as expectativas são altas.

“Tenho confiança de que a exploração da Margem Equatorial saia este ano. Petrobras sanou todas as dúvidas do Ibama. Isso não é uma questão ideológica, é uma questão mercadológica”, disse Silveira.

A exploração da Margem Equatorial está barrada desde o ano passado, pois um parecer assinado por técnicos do Ibama recomendou manter a negativa à emissão de uma licença ambiental para a Petrobras perfurar o poço em questão.

Já sobre a possibilidade de novos entraves serem abordados pelo Instituto, Silveira disse esperar que isso seja apresentado “em acordo com a legislação”.

A Margem Equatorial jogou os membros do Governo Lula para lados opostos, enquanto o Ministério do Meio Ambiente e o Ibama defendem a não exploração, o Ministério de Minas e Energia e a Petrobras, querem conseguir a licença o mais rápido possível, segundo o “Valor”.

Petrobras (PETR4) pede mais prazo à ANP para explorar Margem Equatorial

Petrobras (PETR4) entrou com um pedido na ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) para tentar sustentar o prazo para realizar a exploração na Bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial

Sílvia dos Anjos, diretora executiva de Exploração e Produção da Petrobras, afirmou que a medida foi necessária porque ainda não o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) não concluiu a permissão para que a petroleira começasse os trabalhos no primeiro poço na região. 

Para poder seguir com a possibilidade de explorar a área, foi necessário paralisar a contagem do tempo.

“Nós temos um prazo da concessão, se não tem a licença, o prazo corre. Tem então que postergar por conta de ainda não ter conseguido ainda a licença. Esse bloco foi adquirido em 2013, claramente a gente já passou e teve que fazer as renovações. Toda vez que não tem a licença, automaticamente solicita e a ANP dá o prazo adicional. Nós solicitamos e vai ser dado, apenas suspende. Para de contar o relógio”, explicou a diretora.

Sílvia disse ainda, segundo o “InfoMoney”,que a Petrobras vai furar o poço, “mas para avaliar o sistema petrolífero, será preciso ter mais poços para fazer uma avaliação correta da área”.

“A gente estava com uma sonda em janeiro do ano passado lá e já poderíamos estar hoje com uma avaliação do potencial petrolífero da região. Isso descortinaria um novo horizonte”, pontuou.

O poço está a mais de 500 quilômetros da foz e a 170 quilômetros da costa em um local onde circulam anualmente mais 1.100 embarcações, segundo informou a diretora da petroleira.

“O local onde a gente vai perfurar o poço não é um paraíso ecológico isolado, circulam mais de 1.000 cargueiros pela área. A Petrobras já perfurou mais de 5.400 poços. A perfuração do poço não causa derramamento. O maior derramamento de óleo que se tem é no transporte”, observou.

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