Os acionistas da família controladora da Roche Holding AG descartaram uma fusão significativa, sob alegação de que a farmacêutica ganhará mais com o desdobramento de pesquisas do que com uma aquisição.
“Sem dúvida, a era da megafusão acabou”, declarou Andre Hoffmann, vice-presidente do conselho fiscal, em uma entrevista, de acordo com a Valor. “Vejo as fusões do passado como um sinal de fraqueza: uma empresa da indústria farmacêutica se juntava com outra, porque tinha lacunas no portfólio que não podia preencher”.
A companhia suíça de medicamentos e diagnóstico acredita que haverá um aumento inesperado de sua receita, devido aos testes para Covid-19, a ponto de amortecer a perda de patentes de um trio de medicamentos contra o câncer que alimentou sua receita por mais de dez anos.
Em uma rara entrevista coletiva em Basileia, na sexta-feira (10), em comemoração ao 125º aniversário da farmacêutica, a companhia declarou que segue planejando o crescimento a longo prazo do negócio.
A Roche possui uma estrutura acionária de duas classes, sem e com direito de votos. As famílias fundadoras Oeri-Hoffmann detém 50,07% dos papéis com direito a voto, já o grupo farmacêutico suíço Novartis AG possui um terço.