Fundo VISC11

FII amplia fatia em shopping na Bahia e estima dividendo de 12,4%

O comunicado ao mercado afirma que o investimento será viabilizado por meio da compra de 100% das cotas de um novo fundo imobiliário (Novo FII)

Shopping Paralela/ Foto: Divulgação
Shopping Paralela/ Foto: Divulgação

O Vinci Shopping Centers — FII VISC11 — gerido pela Vinci Partners, anunciou a compra de uma participação adicional de 25% no Shopping Paralela, localizado em Salvador (BA). Com isso, o fundo elevou sua fatia total no ativo de 11,26% para 36,26%. 

A transação foi feita sob o valor total de R$ 119,8 milhões, com pagamento parcelado em três etapas e correção monetária pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

O comunicado do FII ao mercado afirma que o investimento será viabilizado por meio da compra de 100% das cotas de um novo fundo imobiliário (Novo FII). 

O ativo será constituído exclusivamente para abrigar o Shopping Paralela, junto com uma dívida remanescente de R$ 62,9 milhões, corrigida por TR + 9,85% ao ano, com vencimento em maio de 2029, segundo o InfoMoney.

  • R$ 5,1 milhões, corrigidos desde setembro de 2024, pagos na conclusão da transação;
  • R$ 57,4 milhões em até 12 meses após o fechamento;
  • Outros R$ 57,4 milhões em até 18 meses, ambas as parcelas também corrigidas pelo IPCA.

Além disso, a estimativa da gestora é de um cap rate de 10,1% para a operação, com base na geração de caixa (NOI) dos próximos 12 meses. 

Após a aquisição total da compra, espera-se um dividend yield médio para o segundo ano de 12,4%, considerando a estrutura da operação e o financiamento existente.

A operação ainda precisa da aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e está condicionada à formalização do novo FII.

FII de energia avançam, com dividendos mensais e isenção tributária

Os FIIs (fundos de investimento imobiliário) com foco em geração de energia, como o SNEL11, vêm ganhando espaço no radar de investidores interessados em infraestrutura energética. A alta eficiência tributária, aliada à distribuição mensal de dividendos, tem tornado esses veículos cada vez mais relevantes no setor elétrico.

Dados do primeiro trimestre de 2025 apontaram um contraste significativo entre a carga tributária enfrentada por empresas como Engie (EGIE3), Eneva (ENEV3), Auren (AURE3) e Eletrobras (ELET3). Por exemplo, a Auren apresentou uma alíquota efetiva de 79%, seguida por Eneva (35%) e Engie (25%). Até mesmo a Eletrobras, privatizada em 2022, destinou 43% da geração ao pagamento de tributos.

No extremo oposto, ativos estruturados dentro do arcabouço dos fundos imobiliários tiveram alíquota efetiva zero — um contraste que se explica pelo desenho do segmento no Brasil. Ao atender certos critérios, como ter cotas negociadas em Bolsa e um número mínimo de 100 cotistas, esses veículos desfrutam de isenção de imposto de renda sobre os dividendos distribuídos a pessoas físicas, conforme apontado pelo Suno.

Com isso, a legislação — criada originalmente para impulsionar o setor imobiliário — mostrou-se eficaz também para ativos de geração de energia com contratos de longo prazo.