A pandemia da Covid-19 parece não ter afetado as fintechs do Brasil. Segundo um levantamento da Inside Fintech Report, em 2020 elas captaram US$ 1,9 bilhão (R$ 9,97 bilhões, na cotação atual) em investimentos, ante o US$ 1,1 bilhão (R$ 5,77 bilhões) do ano anterior, sendo o mês de dezembro o período em que receberam mais aportes.
A grosso modo, as fintechs são empresas que tratam de tecnologia e inovação (como as startups) aplicadas em serviços financeiros.
Duas companhias se destacaram no período, a plataforma online de crédito Creditas, que recebeu aporte de US$ 255 milhões (R$ 1,38 bilhão), e o banco digital C6 Bank, com captação de US$ 241 milhões (R$ 1,26 bilhão). Mas os maiores aportes do ano ocorreram em agosto e setembro, ambos no valor de US$ 300 milhões (R$ 1,56 bilhão), para o Nubank.
Em 2020 as fintechs realizaram 21 operações (fusões e aquisições), alcançando 95% das realizadas nos últimos nove anos até o ano passado.
Esse aumento no volume mostra uma mudança no comportamento de investidores, que estão atentos às inovações e não só focando em empresas tradicionais.
Vale lembrar que neste ano, as novas modalidades de serviços financeiros como o open banking e o Pix acabam tornando o setor ainda mais atrativo, devido ao aumento no volume de transações. Além disso, mudanças na legislação, como o Marco Legal das Startups, também favorecem o setor.
Em 2021 o volume de captação deve ser ainda maior considerando a onda de IPOs por parte das emergentes de tecnologia.