
O Nubank (ROXO34) anunciou nesta quarta-feira (3) que irá acatar a nova determinação do BC (Banco Central) e do CMN (Conselho Monetário Nacional) para manter o “bank” no nome: a fintech pretende obter uma licença bancária para operar no Brasil em 2026. Com informações de Forbes e CNN.
Em comunicado enviado ao mercado, o Nubank afirmou que a sua identidade visual e a sua marca permanecerão as mesmas. “A mudança pretendida não tem qualquer impacto para os clientes e todas as operações seguem normalmente”, afirma o banco.
A fintech reafirmou que cumpre todas as exigências regulatórias que opera com todas as licenças necessárias como Instituição de Pagamento, Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento, e Corretora de Títulos e Valores Mobiliários.
“A inclusão de uma instituição bancária no conglomerado não implica em alterações materiais nas exigências adicionais de capital e liquidez – a solidez e resiliência financeira permanecem inalteradas”, afirmou o Nubank.
Entenda alteração
O Banco Central (BC) anunciou na sexta-feira (28 de novembro) juntamente com o Conselho Monetário Nacional (CMN) uma nova resolução que impacta diretamente as fintechs brasileiras. A norma proíbe o uso dos termos “banco” ou “bank” por instituições que não possuem autorização específica para funcionar nessa modalidade.
Segundo o BC, o objetivo é garantir transparência ao consumidor, deixando evidente qual tipo de instituição está prestando o serviço. A restrição vale para qualquer meio de comunicação e apresentação ao público.
O prazo para apresentação de um plano de adequação é de 120 dias (quatro meses). Nesse documento, as empresas deverão detalhar os procedimentos que serão adotados e o cronograma de mudanças.
A medida atinge empresas populares como Nubank (ROXO34), PagBank (PAGS34) e Will Bank, que na prática são instituições de pagamento e não bancos oficialmente autorizados. Essas companhias terão até um ano para adequar seus nomes comerciais, marcas e domínios na internet.
Fintechs já esperavam mudança
A Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs) afirmou que não houve surpresas na resolução, já que o texto estava alinhado à consulta pública realizada anteriormente. A entidade considera os prazos suficientes e avalia que o impacto será limitado.
O Nubank informou que está analisando a determinação e reforçou que suas operações seguem normalmente, sem impacto para os clientes. A empresa destacou ainda que a mudança se refere apenas à nomenclatura, não aos serviços oferecidos.