'Perfil de risco moderado'

Fitch: aquisição do Grupo Infra aumenta diversificação para Energisa

A Fitch avalia como neutra a classificação da qualidade de crédito da Energisa para essa operação.

Foto: Divulgação
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A aquisição da Infra Gás eleva a diversificação de negócios da Energisa (ENGI11) ao passo que o grupo expande sua operação para o setor de distribuição de gás natural, aponta a Fitch em relatório.

A Fitch avalia como neutra a classificação para a qualidade de crédito da Energisa para essa operação.

A agência ainda aponta que o setor de gás natural tem um “perfil de risco moderado” e “fortes perspectivas de crescimento”, conforme antecipado pelo “Broadcast”.

Em relatório, a Fitch projeta que o impacto financeiro será reduzido, com leve alta de 0,1 vez na previsão de alavancagem líquida consolidada da Energisa ao fim de 2024, quando comparado com o cenário base de rating anterior.

“A Fitch acredita que a Energisa tem comprovada flexibilidade financeira, e o custo da aquisição está dentro de suas capacidades e representa um esforço de liquidez gerenciável”, destacou a agência.

Zamp (ZAMP3): Fitch vê riscos com aquisição de ativos do Starbucks

A nota de crédito nacional “AA (bra)” da Zamp (ZAMP3) — operadora das franquias Burger King e Popeyes no Brasil — pode ser pressionada caso ela conclua a aquisição das operações do Starbucks (SBUB34) com financiamento por meio de dívidas, afirmou a Fitch Ratings.

Analistas da agência de classificação de risco, Renato Donatti e Pedro Gonzalez, afirmaram que, na atual classificação, não há espaço para a elevação da alavancagem da Zamp (ZAMP3). Com isso, uma transação dessa natureza pode trazer necessidades adicionais de caixa.

“Apesar da limitada visibilidade em relação aos ativos a serem adquiridos, ao valor de aquisição, à forma e ao prazo de pagamento, a Fitch vê riscos adicionais em relação à necessidade de capital de giro”, declarou a agência, de acordo com o “Valor”.

Ainda que a aquisição seja concluída através da troca de ações, o movimento não elimina os riscos de incertezas e de execução em relação à capacidade de reestruturação dos ativos do Starbucks no Brasil. A Fitch acrescentou que, no longo prazo, caso a operação seja bem-sucedida, o negócio é positivo.