AA(bra)

Fitch sobe notas de crédito das controladas da Serena Energia

A decisão leva em conta a previsão de redução da alavancagem financeira do grupo

Foto: Pexels
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A Fitch Ratings ajustou a nota de crédito nacional da Serena Geração, de “AA-(bra)” para “AA(bra)”, e da Serena Desenvolvimento, de “A(bra)” para “A+(bra)”, ambas subsidiárias da Serena Energia, com perspectiva estável. 

De acordo com os analistas Wellington Senter, Bruno Pahl e Mauro Storino, a elevação das notas é atribuída ao fortalecimento da liquidez da Serena Energia, impulsionado pelo refinanciamento das debêntures da Serena Desenvolvimento.

Além disso, a decisão leva em conta a previsão de redução da alavancagem financeira do grupo, com a geração de fluxos de caixa livres positivos. 

A agência destaca que os ratings refletem o perfil de crédito consolidado da Serena Energia, bem como os significativos incentivos legais à disposição da controladora.

GIC e General Atlantic avaliam entrada na Serena Energia

O GIC, fundo soberano de Cingapura, está considerando investir na Serena Energia (anteriormente conhecida como Omega Geração), em parceria com a General Atlantic, que é dona da Actis e o maior acionista com 26,8% das ações, conforme informações de fontes consultadas pelo INSIGHT. As negociações estão em estágios iniciais.

Depois de uma queda acentuada no ano passado, as ações da Serena apresentaram uma valorização superior a 40% em 2025, com a possibilidade de uma oferta pública de aquisição (OPA) ou a entrada de um novo investidor no radar.

Esse rumor não é novo, visto que as ações da companhia estão com valores bem baixos, oferecendo uma das maiores taxas de retorno implícitas entre as empresas de energia listadas na bolsa.

Recentemente, especulou-se até sobre o interesse da Eneva, mas fontes próximas a ambas as empresas garantem que essa informação não procede.

Actis e General Atlantic buscam parceiro para fechamento de capital da Serena Energia

A Actis adquiriu participação na Serena Energia em 2022, pagando R$ 16 por ação, um valor bem acima dos R$ 7,50 registrados atualmente, mesmo após a valorização das ações na bolsa.

No ano passado, a empresa de private equity foi adquirida pela General Atlantic, que passou a controlar a Serena, embora a movimentação da controladora tenha sido limitada até outubro, quando foram aprovadas as mudanças que oficializaram a nova estrutura de controle.

Desde então, a General Atlantic tem demonstrado, em conversas privadas, seu desejo de fechar o capital da Serena. No entanto, devido ao alto custo da operação, a empresa busca um parceiro, preferencialmente do setor de infraestrutura, para realizar o processo.

A grande novidade agora é o interesse do GIC, que, se concretizado, poderia estabelecer um valor mais atrativo para a saída da Tarpon, gestora de Zeca Magalhães, que detém 20% das ações da Serena e é acionista desde o início. As negociações ainda estão em fase exploratória, de acordo com fontes próximas ao processo, e seguem de forma confidencial.

Outras gestoras globais de infraestrutura também têm demonstrado interesse na companhia. No entanto, a Serena ainda não contratou bancos para intermediar a operação.

O CEO e fundador da Serena, Antonio Bastos Filho, que possui 12,5% das ações, também está envolvido no processo. Bastos se alavancou financeiramente para participar de uma oferta subsequente de ações (follow-on) em março do ano passado, que resultou na venda de uma parte da participação da Tarpon, que estava com um dos seus fundos prestes a vencer.