Flash Crash e o maior tombo no mercado mundial em 2010

O ano de 2010 foi recheado de diversos eventos mundiais, mas para o mercado financeiro ocorreu um que marcou época

O ano de 2010 foi recheado de diversos eventos mundiais. Porém, para o mercado financeiro ocorreu um que marcou época. Já ouviu falar no Flash Crash de 2010? 

Um flash crash é um evento no mercado financeiro em que a retirada de ordens de ações amplia as quedas de preços.

Em 6 de maio de 2010, os principais índices de ações dos Estados Unidos, como Dow Jones Industrial Average, S&P 500 e Nasdaq Composite Index registraram um tombo. Mas, detalhe, os indicadores caíram e se recuperaram parcialmente em menos de uma hora. A Dow chegou a cair 998,5 pontos em minutos.

Estima-se que o mercado de ações dos Estados Unidos teve perda de US$ 1 trilhão. Naquela época, a cotação do dólar estava em R$ 1,83, o que no Brasil o somatório da perda seria equivalente a R$ 1,83 trilhão. Já na cotação atual, o valor da perda seria de mais de R$ 5 trilhões.

A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, sigla em inglês) realizou uma investigação, após o ocorrido, tentando levantar as suas possíveis causas. A SEC reportou um relatório em setembro de 2010 dizendo que antes do flash crash os mercados estavam frágeis e expostos a turbulências extremas. 

Com relevante volatilidade, muitos operadores de alta frequência, programas de computador de negociação de ativos financeiros que negociavam títulos automaticamente, começaram a vender grandes volumes em um ritmo acelerado para evitar perdas, resultando em maiores oscilações.  

Quando as negociações foram retomadas, os preços começaram a se estabilizar e os mercados passaram a recuperar suas posições à medida que os valores dos títulos voltaram a ficar próximos dos seus níveis iniciais. 

Em 2015, um operador do mercado de Londres, Navinder Singh Sarao, foi preso por alegações de que ele teria realizado atividades que ocasionaram o flash crash. O Departamento de Justiça dos EUA acusou Sarao por fraude eletrônica e manipulação financeira, além de falsificação.

Conforme a Justiça, o operador havia executado uma série de grandes ordens de venda de contratos E-Mini S&P para que os preços despencassem, assim ocasionando a quebra do mercado.

Um relatório da Commodity Futures Trading Commission (CFTC), uma agência independente dos EUA, concluiu que Sarao não causou o crash, mas ajudou a contribuir.

Em janeiro do ano passado, segundo a CNBC, o operador foi condenado em um tribunal de Chicago a um ano de prisão domiciliar. 

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