França: governo restringe acesso a internet para prevenir violência

De acordo com o ministério do Interior, as medidas entrarão em vigor a partir de 3 de julho e terão uma duração limitada

Afim de evitar que a “onda de violência” e “atos violentos” sigam acontecendo na França, o ministério do Interior anunciou medidas que vão restringir o acesso à internet em alguns bairros, principalmente durante à noite. De acordo com o comunicado do Governo, as restrições serão implementadas para coibir o uso abusivo de plataformas online e impedir a coordenação de ações ilegais. As medidas entrarão em vigor a partir de 3 de julho e terão duração limitada.

A notícia chega horas depois de um ataque de carro ter como alvo a casa do prefeito de L’Hay-les-Roses, Vincent Jeanbrun. A agitação social teve início após o brutal assassinato de um jovem de 17 anos de origem argelina nas mãos de um policial. Depois disso, o país mergulhou em protestos, enquanto as pessoas denunciavam a brutalidade policial e o racismo.

Os protestos se estenderam além das fronteiras da França, com brigas e detenções ocorrendo em Bruxelas relacionadas ao tiroteio na França. Vários incêndios também foram controlados durante os distúrbios.

Macron anuncia mobilização de “recursos adicionais”

O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou na sexta-feira (30), que serão mobilizados “recursos adicionais” para combater os tumultos que estão a ocorrer por toda a França, após a morte do jovem de 17 anos, morto por policiais.

Em meio a apelos, Macron defendeu que as redes sociais estão a alimentar a violência durante os incidentes e quer que os “conteúdos sensíveis” sejam removidos.

Durante uma reunião do comité interministerial de crise realizada no Ministério do Interior francês, o presidente francês teceu elogios a resposta “rápida e adequada” das forças de segurança, na sequência de três noites consecutivas de protestos, e aproveitou para denunciar a “instrumentalização” dos acontecimentos.

O Governo francês pediu também a todas as autoridades locais que suspendam os transportes públicos a partir das 21h locais (menos uma hora em Portugal).

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