A união entre os escritórios ACT e Ápice não irá mais acontecer. De acordo com a CRC!News, o acordo não avançou após cerca de sete meses de negociações. Segundo o Pipeline, o principal entrave foram divergências em relação à composição final da empresa combinada.
Com sede em Salvador, Bahia, a operação resultaria em um dos maiores escritórios de investimentos do Norte e Nordeste, com R$ 6,5 bilhões sob custódia, 160 colaboradores e mais de 7 mil clientes ativos.
Caso o acordo tivesse ocorrido, a ACT Ápice Investimentos teria unidades nos estados da Bahia, Pernambuco, Ceará, Alagoas e São Paulo. A expectativa era de alcançar ativos de R$ 10 bilhões em 2023.
A fusão entre as companhias de agentes autônomos credenciadas à XP foi anunciada em dezembro como a operação que criaria o maior escritório de investimentos do Nordeste.
“Para concretizar a fusão, eles precisariam diluir demais a posição dos sócios da Ápice, ajustada pela menor rentabilidade. Os melhores escritórios da XP tem ROA de 0,8%, no mínimo, especialmente os que são fortes em renda variável, que gera mais corretagem. E o ROA do Ápice está abaixo disso”, diz um executivo a par dos detalhes, comparando o retorno sobre ativos, ainda de acordo com à publicação.
Quem acabou “jogando a toalha” foi a ACT, após as negociações não evoluírem. Como credenciadora, a XP não costuma se envolver, deixando sempre que os escritórios envolvidos definam todo o negócio.
Escritórios baianos
Ambas com sede em Salvador, capital baiana, a Ápice tem apenas quatro anos e no fim de 2021 somava R$ 2,8 bilhões sob custódia, enquanto a ACT, com 10 anos de história, geria R$ 3,8 bilhões na data.
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Em nota, as companhias confirmaram que “decidiram não seguir com a fusão”. Uma vez que não tinha ocorrido ainda integração de operações, a ACT e a Ápice complementam que “não há nenhum impacto aos clientes”.