Negócio com Atiaia Energia

Gerdau (GGBR4) compra duas hidrelétricas por R$ 440 milhões

As PCHs fornecerão energia renovável para unidades produtoras de aço da empresa no Brasil

Gerdau
Gerdau / Foto: Divulgação

A Gerdau (GGBR4) comprou as PCHs (pequenas centrais hidrelétricas) Garganta de Jararaca e Paranatinga II, no Mato Grosso, por R$ 440 milhões, como anunciou a empresa em comunicado nesta terça-feira (21). A aquisição foi realizada por meio das subsidiárias da empresa Gerdau Aços Longos e Sul Renováveis.

Os negócios foram fechados com a Atiaia Energia, que vendeu a totalidade das ações das empresas Rio do Sangue e Paranatinha Energia, detentoras, respectivamente, da Garganta de Jararaca e Paranatinga II.

O valor está sujeito a ajustes em função dos níveis de caixa e dívida. O preço de aquisição será pago à vista, na data do fechamento, com recursos próprios disponíveis.

As PCHs adquiridas têm 29MW de capacidade instalada cada uma, sendo 21MW médios e 17MW médios de energia assegurada, respectivamente.

As PCHs fornecerão energia renovável para unidades produtoras de aço da Gerdau no Brasil, em regime de autoprodução, equivalentes a aproximadamente 8% do consumo de energia de suas operações no país.

“A aquisição desses ativos está alinhada à estratégia da Gerdau de gerar maior competitividade no custo dos seus negócios, aumentando a autoprodução de energia limpa, e em linha com o processo de descarbonização já divulgado pela Companhia”, afirmou a Gerdau, em nota.

Itaú BBA vê alta para o lucro da Vale (VALE) e pares siderúrgicas, como a Gerdau

As empresas brasileiras de mineração e siderurgia devem apresentar resultados resilientes no quarto trimestre, apesar da sazonalidade mais fraca, prevê o Itaú BBA.

“Prevemos um Ebitda [lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização] com desempenho geral melhor sequencialmente, com exceção da Gerdau (GGBR4), que provavelmente será impactada por preços reduzidos nos EUA e um mix de vendas menos favorável no Brasil”, consta em um relatório do Itaú BBA.

No caso da Vale (VALE3), os analistas Daniel Sasson, Edgard Pinto de Souza, Marcelo Furlan Palhares, Barbara Soares projetam uma alta de 4% do Ebitda no trimestre, impulsionado por resultados mais fortes tanto na divisão de ferrosos como na de metais básicos. 

Além disso, espera-se que a divisão de ferrosos, os resultados sejam apoiados por preços realizados de minério de ferro ligeiramente mais elevados e custos mais baixos.

Em relação à Gerdau (GGBR4), a estimativa do Itaú BBA é que o Ebitda reduza 20% no trimestre. A América do Norte é o ponto baixo e deve reportar um declínio trimestral de 36% no Ebitda, isto por conta dos volumes sazonalmente menores, preços mais baixos e custos mais elevados, afirma.

Já para a CSN (CSNA3), a previsão do Itaú BBA é que o Ebitda eleve em 25%, tendo os resultados mais fortes no geral servindo como potencializador. 

“Para a divisão de aço, prevemos um aumento de 29% no Ebitda em termos trimestrais, apoiado por custos mais baixos, preços mais elevados do aço e volumes resilientes”, ressaltam os analistas no documento, segundo o “E-Investidor”.

Para CSN Mineração (CMIN3), o banco espera um aumento sequencial de 38% no Ebitda, sobretudo por conta dos preços realizados mais elevados, que compensaram a diminuição dos volumes e o aumento dos custos.