Capex

Gerdau (GGBR4) aprova investimento de R$ 6 bilhões em 2025

O valor vai ser destinado a projetos relacionados à Manutenção e à Competitividade

Gerdau
Foto: Divulgação/Gerdau

A Gerdau (GGBR4) aprovou uma projeção para o plano de investimentos (Capex) de 2025 no total de R$ 6 bilhões, como anunciou a empresa nesta quarta-feira (19). O valor vai ser destinado a projetos relacionados à Manutenção e à Competitividade.

Segundo a empresa, a Manutenção está associada ao prolongamento da vida útil e às melhorias nos equipamentos, para manter o desempenho das unidades.

Já a Competitividade tem relação com o crescimento da produção, melhora da rentabilidade e modernização, focando em práticas de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável e econômico do negócio.

“Do total previsto para o ano de 2025, aproximadamente R$ 1,6 bilhão são investimentos que apresentam retornos ambientais (expansão de ativos florestais, atualização e aprimoramento de controles ambientais, redução de emissões de gases do efeito estufa e incrementos tecnológicos) e projetos voltados para a segurança de nossas pessoas”, afirmou a Gerdau, em fato relevante.

Gerdau (GGBR4): sem proteção à indústria, podemos ‘rever investimentos’, diz CEO

O CEO da Gerdau (GGBR4), Gustavo Werneck, afirmou nesta quinta-feira (20) que, caso o governo brasileiro não implemente medidas de proteção à indústria do aço, a empresa poderá rever novos investimentos no país.

Na visão do executivo, a indústria nacional vem perdendo espaço e é essencial que o governo assegure condições justas de competição. O receio quanto à manutenção dos investimentos no Brasil cresce, especialmente diante da inauguração de uma nova linha de produção de bobinas, que já enfrenta dificuldades para competir devido ao aumento das importações.

“É fundamental que o governo federal adote medidas de defesa comercial, porque, se isso não ocorrer, vamos repensar o nosso nível de investimento no Brasil. Continuamos investindo e confiantes, mas, à medida que não vemos ações mais robustas para garantir uma competição de igual para igual, reconsideraremos nossos investimentos no país”, disse Werneck, segundo o Valor.

Brasil chegou a implantar medidas de defesa comercial em meados de 2024, por meio de cotas de importação definidas pela Camex (Câmara de Comércio Exterior), mas a percepção do setor é que a iniciativa ainda não foi eficaz. A expectativa é que a entrada do aço asiático no Brasil continue elevada em 2025.

“A indústria do aço enfrenta uma competição desleal no mercado global. Especialmente porque a China, que possui um excedente de capacidade produtiva, subsidia sua indústria com dinheiro público para manter emprego e renda, o que faz com que esse aço circule pelo mundo em condições não isonômicas”, afirmou o executivo.