A Pacífico, gestora fundada por gestores provenientes do Opportunity, empresa de gestão de recursos no Brasil, está passando por uma cisão e deixará de existir. A Pacífico passará a se chamar P8 Investimentos e continuará sendo multiestratégia
Os nove profissionais da gestora que se dedicam a equities (aquisição de um pedaço do valor patrimonial de empresas) estão levando os fundos para uma nova casa, a Mantaro Capital. Os times que cuidam dos fundos macro, de crédito e renda fixa serão mantidos. Breno Guerbatin, ex-sócio da Studio Investimentos, foi contratado para comandar um novo fundo long bias, com uma equipe de cinco analistas.
Em relato ao “Brazil Journal”, os sócios afirmaram que a separação foi amigável. As visões diferentes de modelo de negócio acabaram sendo o principal motivo para a cisão da Pacífico. De acordo com Paulo Abreu, agora de saída para Mantaro, o grupo que decidiu pela saída da gestora Pacífica acredita que com uma casa dedicada a equities, o grupo irá ter um alinhamento maior a longo prazo, tanto na gestão de pessoas quanto nos produtos.
A Mantaro Capital começará com R$ 700 milhões sob gestão de dois fundos – um long bias e um long-only – e pretende lançar uma nova estratégia, um equity hedge – fundo que tem a possibilidade de alocar seus recursos em diversos tipos de estratégias dedicados exclusivamente a operações com ativos do mercado acionário e seus derivativos – com menos volatilidade.
Ao contrário da Mantaro, o P8 investimentos acredita que a gestão de recursos moderna passa por casas mais completas em termos de produto. De acordo com Eduardo de Carvalho, membro da companhia, o macro é cada vez mais importante no investimento de ações.
A P8, nova identidade da Pacífico, nasce com 30 funcionários e cerca de R$ 3 bilhões sob gestão. O ‘P’ vem de Pacífico, e o 8 se refere ao número do infinito, mas em pé.