A audiência de confirmação do plano de reestruturação financeira proposto pela Gol (GOLL4) foi marcada pelo juiz da corte de falências de Nova York para o dia 20 de maio, conforme documento assinado na terça-feira (18).
Durante a audiência, o magistrado decidirá se aprova ou não a proposta da companhia aérea para sair do Chapter 11 – processo de recuperação judicial nos EUA. A Gol iniciou o processo em janeiro do ano passado.
A audiência na Corte em Nova York, em que o juiz responsável pelo caso, Martin Glenn, ouviu a empresa e a parte credora, ocorreu na segunda-feira (17).
O plano da empresa teve objeções de quatro credores e o magistrado permitiu que a Whitebox Advisors, gestora dos EUA que tem títulos de dívida da Gol, apresente documentos com informações confidenciais e que não vão se tornar públicas até o fim do Chapter 11, segundo o “InfoMoney”.
O questionamento da gestora foi sobre a troca de títulos de dívida pela Gol, que teria buscado garantias mais caras para os ativos. As partes que levantaram objeções após novas investigações na Gol e afiliadas devem apresentar os documentos na Corte em Nova York até o dia 6 de maio.
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Enquanto isso, as partes que apoiarem o plano têm até o dia 13 de maio para enviar os documentos explicando seus pontos.
O plano de reestruturação da Gol prevê um financiamento de US$ 1 87 bilhão, que pode ser levantado com ações e dívida, para facilitar a saída do Chapter 11. Dessa soma, cerca de US$ 330 milhões podem ser captados com uma oferta de ações.
Gol pede cancelamento de registro de ações e ADRs nos EUA
A Gol (GOLL4) entrou com pedido junto à SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos) para cancelar o registro de suas ações preferenciais e ADRs (recibos de ação) nos EUA.
“Como resultado do protocolo do Formulário 15F, as obrigações da Gol de apresentar relatórios sob o Exchange Act foram suspensas desde já e espera-se que sejam encerradas 90 dias após o protocolo”, disseram, em nota.
A empresa também iniciou o encerramento de seu programa de ADRs a partir de uma notificação ao banco BNY Mellon. A negociação das ações está suspensa desde janeiro de 2024 em razão da recuperação judicial da companhia nos EUA.
