O grupo sul-africano de mineração Gold Fields (GIFI34) anunciou a aquisição da mineradora canadense Yamana Gold (AUY), que possui uma unidade em Jacobina, na Bahia.
A compra realizada será paga em ações, no valor total de US$ 6,7 bilhões. Logo, com a fusão, a Jacobina Mineração Yamana Gold espera que a Gold Fields chegue em 2024 como a terceira maior produtora de ouro do mundo, de acordo com nota divulgada pela empresa.
Com isso, os acionistas da Yamana Gold receberão 0,6 ação da Gold Fields, em troca de cada ação que possuem na mineradora. Os investidores terão 39% do montante combinado da empresa, o que totaliza o valor de mercado de US$ 15,6 bilhões.
Ambas as companhias reforçaram os pontos positivos da aquisição, principalmente para o aumento da carteira de ativos. Além disso, a transação projeta a melhoria na posição financeira das duas mineradoras, com possível economia atual de custos na casa dos US$ 40 milhões por ano.
De acordo com Chris Griffith, executivo-chefe da Gold Fields, a principal razão econômica da transação é criar um motor de crescimento para além dos próximos quatro anos.
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“O que queríamos era crescer nossa linha de projetos, incrementar nossas operações sul-americanas e conseguir presença no Canadá”, afirmou Griffith, em entrevista cedida na última quarta-feira (1).
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Os últimos fracos desempenhos do ouro e o aperto monetário nos preços de metais preciosos após reajustes na taxa básica de juros dos EUA, realizada pelo FED (Federal Reserve, banco central norte-americano), foram um dos motivos para a compra da Gold Fields.
A mineradora, que opera desde 1887 e possui nove unidades espalhadas na África do Sul, Austrália, Gana, Peru, e Chile, enxerga na aquisição da Yamana uma expansão territorial na América do Sul, visto que a mineradora atua com grandes unidades no continente, incluindo o Brasil.
Entretanto, as ações da Gold Fields tiveram queda de 12% em Johannesburgo, apesar da produção de cerca de 2,4 milhões de onças troy. Contudo, a constante guerra da Rússia contra a Ucrânia e a alta da inflação norte-americana seguem ocasionando baixas no preço das ações de ouro, que chegaram a custar US$ 1,85 mil por onça-troy.
