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Goldman Sachs fecha acordo de US$ 1 bi com Mubadala

O interesse em parcerias de crédito privado tem crescido no Oriente Médio ao longo do último ano

O banco Goldman Sachs anunciou um acordo de US$ 1 bilhão com o Mubadala Investment, fundo soberano de Abu Dhabi, para expandir seus negócios de crédito privado na Ásia, com ênfase na Índia, conforme comunicado feito na segunda-feira (26). Esse pacto ecoa uma parceria semelhante estabelecida com o Ontario Municipal Employees Retirement System em setembro.

“Alguns dos investidores podem ter uma exposição insuficiente ao crédito privado em geral e estão buscando aumentar essa exposição a essa classe de ativos”, disse James Reynolds, que atua na gestão de recursos do Goldman, em uma entrevista à Bloomberg. “É aí que a parceria com essas instituições poderosas cria uma situação vantajosa para ambas as partes”, completa.

O mercado de crédito privado, avaliado em US$ 1,7 trilhão, mais do que dobrou de tamanho nos últimos cinco anos, à medida que investidores têm buscado essa classe de ativos em busca de retornos mais elevados. Rapidamente, tornou-se uma opção consolidada para fundos de pensão, fundações e fundos soberanos, emergindo como uma fonte crucial de financiamento para empresas e firmas de private equity.

Por anos, os investidores do Oriente Médio mostraram pouco interesse em dívida privada, já que oferecia rendimentos considerados baixos demais para suas metas de retorno. No entanto, o aumento das taxas de juros e o crescimento geral do mercado recentemente mudaram esse cenário.

Goldman Sachs expande na região do oriente médio

O interesse em parcerias de crédito privado tem crescido no Oriente Médio ao longo do último ano. O Barclays está em busca de uma parceria com a AGL Credit Management, com o capital principal vindo da Abu Dhabi Investment Authority, enquanto a Mubadala já fechou acordos com a Ares Management Corp. e Blue Owl.

Enquanto América do Norte e Europa testemunham a presença de dezenas de empresas de crédito privado emprestando dinheiro diretamente para empresas, principalmente em contextos de aquisições alavancadas, o mercado é significativamente menos desenvolvido na Ásia-Pacífico.

O Goldman Sachs está entre os poucos gigantes do crédito privado que estão fazendo uma grande investida na região. “O que esses mercados precisam é de uma indústria de private equity florescente e em crescimento”, afirmou Reynolds. “Queremos nos associar a investidores que desejam ter exposição à Ásia e que desejam seguir com uma plataforma que tenha experiência e histórico comprovado.”

O Mubadala, que possui cerca de US$ 300 bilhões em ativos sob gestão e é um dos três principais fundos soberanos de Abu Dhabi, planeja dobrar sua exposição à Ásia até 2030 para aproveitar economias de crescimento mais rápido e diversificar sua carteira de investimentos.

O Goldman Sachs supervisiona aproximadamente US$ 110 bilhões em ativos de crédito privado e delineou planos para dobrar esse valor nos próximos anos. Como parte desses esforços, a empresa recentemente nomeou Greg Olafson como seu novo chefe global de crédito privado e promoveu Reynolds para sua posição atual.